Hoje, a capital romana é a terceira cidade mais visitada da União Europeia, depois de Londres e Paris e recebe uma média de 10 milhões de turistas por ano.Caminhar pelas ruas estreitas da “Cidade Eterna” revelou-se para mim, por meio das obras de arte de praticamente todos os períodos arquitetônicos, um gigantesco tesouro. Um verdadeiro tesouro a céu aberto!
Vicente Vuolo*
foto - ilustração/Pregopontocom |
Seu passado incomparável abrange mais de 2.500 anos, desde a fundação lendária em 753 a.C. por Rômulo, que segundo a tradição romana, foi o primeiro rei de Roma.
Hoje, a capital romana é a terceira cidade mais visitada da União Europeia, depois de Londres e Paris e recebe uma média de 10 milhões de turistas por ano.
Caminhar pelas ruas estreitas da “Cidade Eterna” revelou-se para mim, por meio das obras de arte de praticamente todos os períodos arquitetônicos, um gigantesco tesouro. Um verdadeiro tesouro a céu aberto!
A arquitetura da Roma imperial é uma combinação dos estilos etrusco e grego clássico que se desenvolveu aos poucos e deu origem às novas linhas romanas baseadas em arcos, abóbadas e domos.
A primeira pausa da caminhada foi na Fonte de Trevi, encostada na fachada do Palácio Poli, hoje museu. A maior e mais famosa fonte de construção barroca, criada por Nicola Salvi, foi concluída em 1762. No centro está a figura de Netuno, com dois tritões: um tentando domar um cavalo-marinho rebelde e outro conduzindo um animal mais tranquilo, em uma referência às diferentes condições do mar. O monumento foi o cenário de vários filmes da Itália e de Hollywood. Em 2016, foram recolhidos um milhão e meio de euros em moedas atiradas para a fonte para a realização de um desejo.
No percurso pela importante Via del Corso, uma parada para saborear o delicioso sorvete italiano, que para muitos, é o melhor do mundo. Mais à frente, depois de cruzar a Piazza Venezia, já na Via del Fori Imperiali, finalmente, adentrei no centro simbólico do mundo romano, tendo a direita o Fórum Romano e, no final da avenida, o Coliseu.
Para perceber melhor o conjunto do Fórum Romano, construído em 179 a.C., pude observá-lo do alto do monte Capitolino, antes de percorrer suas vias emaranhadas, repletas de ruínas de templos, arcos e basílicas. Pelo trajeto da Via Sacra que atravessa o Fórum, seguiam os religiosos e as procissões trinfais em direção ao Templo de Júpiter, no Campidoglio.
O próximo passo foi chegar ao Coliseu. Fiquei impressionado, por dentro e por fora, com a sua grandiosidade, poderia abrigar entre 50 e 80 mil espectadores. Embora parcialmente arruinado por causa de danos causados por terremotos e saques, o Coliseu é ainda o maior e mais famoso símbolo do Império Romano. É uma das atrações turísticas mais populares de Roma e tem também conexões com a Igreja
Católica Romana, pois a cada Sexta-Feira Santa, o Papa guia a Via Crúcis que começa na área em torno do Coliseu.
E foi nos arredores dessa belíssima arena, observando o Arco di Constantino e, depois, em direção ao Circo Massimo (um antigo estádio utilizado para corrida de bigas que podia acomodar cerca de 150 mil espectadores) que me deparei, para a minha alegria, com o Veículo Leve sobre Trilhos deslizando nos trilhos de Roma. O VLT tem grande importância na “Cidade Eterna”, isto porque todas as vezes que se iniciam as escavações para uma nova linha de metrô, se encontram algumas ruínas, pedaços de algum Sítio Arqueológico. Ou seja, paralisa toda a obra. Por isso, o metrô de Roma possui apenas 60 km de trilhos.
Para combater o trânsito caótico, barulho de buzinas e estresse no trânsito, o metrô de superfície ou VLT foi a solução encontrada. Com 6 linhas: (2) Piazza Mancini – Piazza le Flamínio; (3) Piazza Thorwaldsen (Trastevere); (5) Giovanni Amendola – Piazza dei Gerani; (8) Torre Argentina (Trastevere); (14) Giovanni Amendola – Palmiro Togliatti; e (19) Piazza Risorgimento – Piazza dei Gerani, formando 40 km de extensão, o VLT se desponta como um transporte limpo e ágil.
Uma inspiração para nossa Cuiabá. Um transporte de massa, que se adapta ao volume de tráfego e horário e, ao mesmo tempo, impacta muito pouco a arquitetura e o meio ambiente, em custo muito inferior ao metrô. Mas aqui talvez faltem líderes de visão. Uma pena!
*Vicente Vuolo é Economista e Cientista Político
Por Vicente Vuolo via e mail 05/12/2019
Por Vicente Vuolo via e mail 05/12/2019
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