Representantes dos Estados que assinaram o acordo vão negociar em Bonn,na Alemanha, os termos de um novo mecanismo internacional sobre o clima que irá transferir fundos das nações desenvolvidas aos países em desenvolvimento com o objetivo de financiar projetos que contribuam para a mitigação das emissões de poluentes e apoiem o desenvolvimento sustentável.
Revista Amazônia*
foto - ilustração/PensamentoVerde |
“O momento não é de complacência. O fato de 177 Estados terem assinado o Acordo de Paris, em menos de um mês, é uma notícia muito bem-vinda, mas o trabalho duro de proteger o meio ambiente e os direitos humanos só está começando”, disse John H. Knox, relator especial da ONU sobre direitos humanos e meio ambiente.
Na reunião de Bonn, convocada pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima(UNFCCC) e que ocorre até dia 26, representantes dos Estados vão negociar os termos de um novo mecanismo que irá transferir fundos das nações desenvolvidas aos países em desenvolvimento, com o objetivo de financiar projetos que contribuam para a mitigação das emissões de poluentes e apoiem o desenvolvimento sustentável.
O novo fundo será o sucessor do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, amplamente criticado por contribuir com obras de hidrelétricas e outros projetos ligados a violações aos direitos humanos e responsáveis pelo deslocamento de comunidades indígenas.
Antes da reunião, Knox fez uma série de recomendações ao Órgão Subsidiário de Assessoramento Científico e Tecnológico (SBSTA). Ele recomendou a adoção de medidas preventivas específicas, tais como avaliações anteriores, incentivos à participação do público e garantias de que os projetos propostos não serão executados sem levar em conta os direitos humanos das comunidades mais afetadas.
Para o relator especial da ONU, a urgência de abordar a mudança climática não justifica a violação dos direitos de pessoas que vivem e trabalham nas redondezas dos projetos.
* Publicado originalmente no site ONU Brasil.
Fonte - Revista Amazônia 20/05/2016
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