Transito
O País registrou um aumento de 50,3% no número acidentes em rodovias federais. As mortes cresceram 34,5% e a quantidade de feridos, 50%. A boa notícia, se é que pode ser chamada assim, é que desde 2010,o número vem caindo (8,5%), na contramão do crescimento da frota,
Portal do Trânsito
Dados do relatório Acidentes de trânsito nas rodovias federais brasileiras, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base nos números da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram apresentados ontem e mostram um pouco mais do cenário do trânsito no Brasil.Nos últimos dez anos, o País registrou um aumento de 50,3% no número acidentes em rodovias federais. As mortes cresceram 34,5% e a quantidade de feridos, 50%. A boa notícia, se é que pode ser chamada assim, é que desde 2010, o número vem caindo (8,5%), na contramão do crescimento da frota, coincidindo com o início das operações da PRF concentradas nos trechos mais críticos.
Aproximadamente oito mil pessoas perderam a vida e cerca de 100 mil ficaram feridos, em 169 mil acidentes registrados pela PRF em 2014, com fortes impactos sobre o orçamento público e a renda das famílias atingidas. A análise mostra que, nesse período, ocorreram, em média, 463 acidentes por dia, envolvendo 301 mil veículos e 23 mortos - uma média de 1,78 veículos por ocorrência. Segundo o relatório 32% dos acidentes tiveram como causa a desatenção do motorista.
Minas Gerais apresentou o maior número de acidentes e mortos. Foram 21,8 mil, enquanto o estado do Amazonas registrou o menor, com 168.
Tipo de acidentes
Apesar dos automóveis estarem envolvidos na maior parte dos acidentes nas rodovias, aqueles envolvendo motocicletas são proporcionalmente mais letais. Eles respondem por cerca de 18% do total, mas em termos de mortes, respondem por 30% do total e 40% de todas as lesões graves.
As colisões frontais e atropelamentos são tipos de acidentes que apresentam baixa ocorrência (6,5% do total de acidentes), mas respondem por quase metade das mortes nas rodovias federais. Além disso, a desatenção dos motoristas, ingestão de bebidas alcoólicas e desrespeito às regras de trânsito são as causas mais frequentes dos acidentes com fatalidade, indicando a necessidade de realização de campanhas educativas permanentes.
A falta de experiência também é uma das causas de acidentes em rodovias. Márcia Pontes que é educadora de trânsito escreve em seu "Blog Aprendendo a Dirigir" que um dos principais erros dos motoristas recém-habilitados é pegar a rodovia, sem ainda dominar o carro direito na cidade. ”Se o condutor ainda não domina os pedais do carro, não deve enfrentar a estrada. Rodovia tem aquela representação de velocidade, de que não precisa trocar muito de marcha, mas é ilusão. Até o momento em que se pega um engarrafamento, um desvio, um acidente que deixa o trânsito lento e tem que enfrentar ladeiras, paradas em inclinação de pontes e viadutos; ter que andar em marchas baixas sem deixar o carro morrer com um caminhão gigante atrás do carro tomando toda a imagem dos seus retrovisores. Será que o condutor inexperiente saberá o que fazer nessa hora?”, pergunta Pontes.
Custos
Além dos traumas causados às vítimas e familiares, os acidentes de trânsito representam altos custos monetários para a sociedade. Com base na metodologia desenvolvida anteriormente pelo Ipea em conjunto com a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) e o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), foram atualizados os cálculos de custos dos acidentes de trânsito nas rodovias federais para a base de acidentes dos anos de 2007, 2010 e 2014.
Os cerca de 170 mil acidentes de trânsito ocorridos nas rodovias federais brasileiras em 2014 geraram um custo para sociedade de R$ 12,3 bilhões. Destes, 64,7% estavam associados às vitimas dos acidentes, como cuidados com a saúde e perda de produção devido às lesões ou morte, e 34,7% aos veículos, como danos materiais e perda de cargas, além dos procedimentos de remoção dos veículos acidentados.
Estima-se que o custo dos acidentes nas rodovias estaduais e municipais, em 2014, teria sido algo entre R$ 24,8 e R$ 30,5 bilhões. Em termos globais, pode-se estimar em cerca de R$ 40 bilhões de reais por ano o custo que a sociedade tem com os acidentes de transito em todas as rodovias brasileiras.
Para dirigir com segurança em rodovias
Para dirigir com segurança em rodovias, é necessário seguir algumas dicas. A primeira delas é revisar o veículo antes da viagem. “Luzes, freios, óleo do motor e suspensão são itens que devem ser revisados periodicamente, principalmente antes das viagens”, diz Celso Alves Mariano, especialista em trânsito e diretor do Portal.
Planejar itinerários, paradas para abastecimento e descanso, também devem fazer parte da rotina. “Prefira sempre viajar de dia, é mais seguro. Aos primeiros sinais de cansaço, o ideal é parar em lugar seguro para relaxar”, alerta o especialista.
A sinalização e legislação também devem ser respeitadas. “Não descuidar da sinalização, não parar na pista, não transitar no acostamento e respeitar os limites de velocidade são dicas importantes que devem ser seguidas por todos”, conclui Mariano.
Aproximadamente oito mil pessoas perderam a vida e cerca de 100 mil ficaram feridos, em 169 mil acidentes registrados pela PRF em 2014, com fortes impactos sobre o orçamento público e a renda das famílias atingidas. A análise mostra que, nesse período, ocorreram, em média, 463 acidentes por dia, envolvendo 301 mil veículos e 23 mortos - uma média de 1,78 veículos por ocorrência. Segundo o relatório 32% dos acidentes tiveram como causa a desatenção do motorista.
Minas Gerais apresentou o maior número de acidentes e mortos. Foram 21,8 mil, enquanto o estado do Amazonas registrou o menor, com 168.
Tipo de acidentes
Apesar dos automóveis estarem envolvidos na maior parte dos acidentes nas rodovias, aqueles envolvendo motocicletas são proporcionalmente mais letais. Eles respondem por cerca de 18% do total, mas em termos de mortes, respondem por 30% do total e 40% de todas as lesões graves.
As colisões frontais e atropelamentos são tipos de acidentes que apresentam baixa ocorrência (6,5% do total de acidentes), mas respondem por quase metade das mortes nas rodovias federais. Além disso, a desatenção dos motoristas, ingestão de bebidas alcoólicas e desrespeito às regras de trânsito são as causas mais frequentes dos acidentes com fatalidade, indicando a necessidade de realização de campanhas educativas permanentes.
A falta de experiência também é uma das causas de acidentes em rodovias. Márcia Pontes que é educadora de trânsito escreve em seu "Blog Aprendendo a Dirigir" que um dos principais erros dos motoristas recém-habilitados é pegar a rodovia, sem ainda dominar o carro direito na cidade. ”Se o condutor ainda não domina os pedais do carro, não deve enfrentar a estrada. Rodovia tem aquela representação de velocidade, de que não precisa trocar muito de marcha, mas é ilusão. Até o momento em que se pega um engarrafamento, um desvio, um acidente que deixa o trânsito lento e tem que enfrentar ladeiras, paradas em inclinação de pontes e viadutos; ter que andar em marchas baixas sem deixar o carro morrer com um caminhão gigante atrás do carro tomando toda a imagem dos seus retrovisores. Será que o condutor inexperiente saberá o que fazer nessa hora?”, pergunta Pontes.
Custos
Além dos traumas causados às vítimas e familiares, os acidentes de trânsito representam altos custos monetários para a sociedade. Com base na metodologia desenvolvida anteriormente pelo Ipea em conjunto com a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) e o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), foram atualizados os cálculos de custos dos acidentes de trânsito nas rodovias federais para a base de acidentes dos anos de 2007, 2010 e 2014.
Os cerca de 170 mil acidentes de trânsito ocorridos nas rodovias federais brasileiras em 2014 geraram um custo para sociedade de R$ 12,3 bilhões. Destes, 64,7% estavam associados às vitimas dos acidentes, como cuidados com a saúde e perda de produção devido às lesões ou morte, e 34,7% aos veículos, como danos materiais e perda de cargas, além dos procedimentos de remoção dos veículos acidentados.
Estima-se que o custo dos acidentes nas rodovias estaduais e municipais, em 2014, teria sido algo entre R$ 24,8 e R$ 30,5 bilhões. Em termos globais, pode-se estimar em cerca de R$ 40 bilhões de reais por ano o custo que a sociedade tem com os acidentes de transito em todas as rodovias brasileiras.
Para dirigir com segurança em rodovias
Para dirigir com segurança em rodovias, é necessário seguir algumas dicas. A primeira delas é revisar o veículo antes da viagem. “Luzes, freios, óleo do motor e suspensão são itens que devem ser revisados periodicamente, principalmente antes das viagens”, diz Celso Alves Mariano, especialista em trânsito e diretor do Portal.
Planejar itinerários, paradas para abastecimento e descanso, também devem fazer parte da rotina. “Prefira sempre viajar de dia, é mais seguro. Aos primeiros sinais de cansaço, o ideal é parar em lugar seguro para relaxar”, alerta o especialista.
A sinalização e legislação também devem ser respeitadas. “Não descuidar da sinalização, não parar na pista, não transitar no acostamento e respeitar os limites de velocidade são dicas importantes que devem ser seguidas por todos”, conclui Mariano.
Fonte - Portal do Trânsito 24/09/2015
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