Em evento realizado em São Paulo para comemorar os 110 anos da presença do conglomerado no país, o executivo disse que 2015 será um ano de transição. Espremido entre dois grandes eventos ¬ Copa do Mundo em 2014 e Jogos Olímpicos em 2016 ¬, o ano será ideal, opinou, para se montar as bases de um crescimento econômico futuro mais sustentável.
Valor Econômico
Foto - ilustração/Siemens |
Em evento realizado em São Paulo para comemorar os 110 anos da presença do conglomerado no país, o executivo disse que 2015 será um ano de transição. Espremido entre dois grandes eventos ¬ Copa do Mundo em 2014 e Jogos Olímpicos em 2016 ¬, o ano será ideal, opinou, para se montar as bases de um crescimento econômico futuro mais sustentável.
"Esse é o momento de retomar o fôlego na economia e montar fundamentos sólidos para o futuro. É necessário que os processos sejam funcionais e fortes daqui para frente", declarou. "O Brasil é uma gigantesca economia, com muitas oportunidades ainda, principalmente em infraestrutura e energia, acrescentou.
Apesar da sinalização de Kaeser de que as possibilidades são mais relevantes em energia, o executivo afirmou que mobilidade urbana é uma área que também trará demanda importante ao grupo. "Você ter um transporte eficiente ajuda a agilizar os processos e até mesmo o mais simples, como a saída do produto da indústria para os clientes", afirmou o executivo do grupo alemão. Além disso, a empresa já tem forte presença no Brasil em equipamentos para a área de saúde, e quer se manter com boa participação do mercado.
Em entrevista ao Valor, Paulo Stark, presidente da Siemens no Brasil, disse que o segmento de geração distribuída será bem importante para o conglomerado alemão nesse período até 2020. "Teremos de 10 a 20 anos tentando balancear geração distribuída e concentrada", afirmou.
De acordo com o executivo brasileiro, além de dobrar de tamanho no país, o grupo pretende continuar investindo para conseguir capturar oportunidades em todas suas divisões por aqui. Hoje, a receita de aproximadamente R$ 5 bilhões da Siemens Brasil atende por quase 3% do faturamento total da companhia alemã ao redor do mundo.
"Vamos continuar investindo nesse crescimento, mas nunca deixamos de investir no Brasil porque nossa perspectiva sempre foi de longo prazo", declarou Stark. "Queremos que a Siemens Brasil volte a ser o que era. Vamos ajudar a equipe de Paulo Stark a chegar ao lugar certo, desenvolver a empresa aqui", afirmou Kaeser, durante o evento.
Em relação ao caso de cartel denunciado pelo Ministério Público em licitações ao metrô de São Paulo, Kaeser disse que o caso "está no passado". "Estamos cooperando totalmente com as autoridades e agora somos uma empresa completamente dentro da lei, limpa", acrescentou. O executivo disse ainda que espera poder voltar a fechar contratos com o governo quando a investigação estiver concluída.
Kaeser informou que a metodologia utilizada pela Siemens para melhorar os sistemas de controle interno no Brasil, após o ocorrido, ajuda a Petrobras em seu processo de fortalecer o "compliance" após a operação Lava¬Jato. A oferta de "ajuda" da alemã para a estatal foi feita por meio da consultoria independente que montou os mecanismos de "compliance" na Siemens Brasil, afirmou.
Fonte - Revista Ferroviária 17/06/2015
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