domingo, 5 de abril de 2015

Duplicação da Avenida Orlando Gomes será entregue ainda este ano

Mobilidade

A intervenção integra o projeto dos corredores transversais, que deverá ser finalizado no segundo semestre de 2017 e tem investimento de R$ 1,3 bilhão.Ainda este ano outras duas intervenções que fazem parte deste conjunto também devem ser entregues: o complexo de viadutos da avenida Orlando Gomes e a ligação entre a BR-324 e a via Regional.

Luan Santos - A Tarde
Vista aérea da obra já adiantada dos viadutos
 que estão sendo construídos sobre a avenida Paralela

Ag. A TARDE
A duplicação da avenida Orlando Gomes deverá ser concluída até o final deste ano, segundo estimativa da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder). Em obras desde o ano passado, a via passará a ter pista dupla com três faixas em cada sentido (sendo uma delas voltada para BRT), ciclovia e passeio.
A intervenção integra o projeto dos corredores transversais, que deverá ser finalizado no segundo semestre de 2017 e tem investimento de R$ 1,3 bilhão.
Ainda este ano outras duas intervenções que fazem parte deste conjunto também devem ser entregues: o complexo de viadutos da avenida Orlando Gomes e a ligação entre a BR-324 e a via Regional.
A TARDE visitou as obras dos dois corredores na última quinta-feira, 2, acompanhado do diretor de obras estruturantes da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder), Sérgio Silva.
Cerca de 1.500 operários estão trabalhando nas intervenções, que vão desde a duplicação das avenidas Orlando Gomes e Gal Costa até a construção de 10,7 quilômetros de vias, com a avenida 29 de Março (que terá 9,2 km) e a ligação Pirajá-Lobato (1,5 km).
"Com os corredores entregues, a estimativa é que o tempo percorrido entre a orla atlântica e o subúrbio seja entre dez e 15 minutos, no máximo", ressalta Silva. Quando estiverem prontos, os dois corredores ligarão a orla ao subúrbio ferroviário. Inicialmente, chamados de corredores transversais I (Patamares ao Lobato) e II (Piatã a Paripe), estes conjuntos de vias foram recentemente nomeadas pelo governo do estado com as cores da bandeira da Bahia. Agora, são chamadas de linhas Azul e Vermelha, respectivamente.
A Linha Azul - que passa pelas avenidas Pinto de Aguiar e Gal Costa, e pela ligação Lobato-Pirajá - está com 12% de obras concluídas. A Linha Vermelha - que segue as avenidas Orlando Gomes e 29 de Março até encontrar a BA-528 - está mais avançada, com 25% das intervenções realizadas [veja mapa abaixo].

Duplicação
O primeiro trecho pronto foi a duplicação da avenida Pinto de Aguiar, entregue em setembro do ano passado. Na linha Azul, as obras estão acontecendo na avenida Gal Costa, que está sendo duplicada, e na implantação da ligação Pirajá-Lobato.
Na avenida Gal Costa, ainda está em andamento a implantação do canal do rio Pituaçu. Esta linha terá, ao total, 12,7 km, onde estarão distribuídos dez viadutos e quatro túneis duplos. Um dos túneis é o que vai ligar as avenidas Pinto de Aguiar e Gal Costa.
Sérgio Silva conta que está sendo feita uma "cortina de preparação" para o início da perfuração do túnel.
Já a ligação Pirajá-Lobato terá 1,5 km, mas vai contar com sete viadutos e quatro túneis.
Silva diz que os túneis vão evitar que sejam feitas mais desapropriações. Um deles vai passar por baixo da estrada de Campinas, em Pirajá. Outro, vai ligar a nova via à avenida Suburbana.

Av. 29 de Março
Na Linha Vermelha, que terá 12 km de extensão com seis viadutos, as obras de início da avenida 29 de Março também já foram iniciadas com serviços de terraplanagem. Ela passará pelo vale do rio Jaguaribe e alcançará a via Regional.
Silva pontua que os serviços de terraplanagem estão sendo priorizados em todas as etapas do projeto. "Estamos aproveitando o período que antecede as chuvas para adiantar ao máximo. Com chuva, não conseguimos nem trabalhar", explica o diretor da Conder.
Ao longo da nova avenida, serão feitas ligações laterais para áreas habitadas e vias próximas, a exemplo do Alphaville e a Estrada Velha do Aeroporto.
Silva conta que a experiência da avenida Pinto de Aguiar está sendo utilizada como modelo para as intervenções nas demais vias.

Corredores
Sérgio Silva ressalta que uma das grandes vantagens do projeto dos corredores transversais é que serão integrados a outros modais de transporte de Salvador, sejam aqueles que estão operando ou outros que estão em fase de implantação.
No encontro entre as avenidas Orlando Gomes e Paralela será construída uma estação de ônibus, para ser integrada à linha 2 do metrô. "O usuário vai poder usar o BRT e pegar o metrô na Paralela, e vice-versa", diz.
No subúrbio, o final da Linha Azul, no Lobato, fica a cerca de 500 metros da estação de trem. "Uma linha integradora de ônibus poderá levar e trazer os passageiros entre o VLT (veículo leve sobre trilho) e o BRT. Vai ser um ganho muito grande para quem usa o transporte público", afirma Sérgio Silva.

Dificuldades

Entre as dificuldades para a realização das obras está a continuidade do trânsito nos locais das intervenções. "Como não podemos parar o trânsito, é preciso promover a segurança tanto para trabalhadores quanto para condutores", frisa.
Além disso, há pontos em que há redes internas, como no túnel que vai ligar as avenidas Pinto de Aguiar e Gal Costa. "São 17 metros abaixo da Av. Paralela. Tivemos que fazer um estudo para observar as redes da Bahiagás, elétricas e de telecomunicações para iniciar as obras. Essas interferências, por vezes, exigem tempo", afirma.
Outra intervenção que compõe este conjunto é a ligação da BR-324 à via Regional, que já está com o serviço de terraplanagem em andamento e deverá ser entregue em 2015. Segundo Silva, esta ligação vai acabar com o congestionamento causado pelo viaduto de Águas Claras. "As pessoas vão poder acessar a ligação e, em poucos minutos, chegar à via Regional", prevê.
Quem passa pela BR-324 no sentido Feira de Santana, principalmente nos horários de pico, costuma enfrentar congestionamentos por conta deste trecho.
Fonte - A Tarde  05/04/2015

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