Levy ressaltou que, no Brasil, as agências não são as formuladoras das políticas, mas cuidam da execução. Isso garante, segundo ele, mais “autonomia para resolver as questões”.O ministro notou ainda que um passo importante para aumentar os investimentos em infraestrutura é separar as áreas de infraestrutura social, em que não há retorno de mercado...
Valor Econômico
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Segundo ele, o país tem regras claras para a realização de investimentos e uma experiência de 20 anos de atuação das agências reguladoras, o que garante custos menores para o setor privado. “Eu acho que, no Brasil, o esforço para a construção de infraestrutura passa pelas agências reguladoras”, disse o ministro durante debate na Universidade George Washington sobre investimentos no setor.
Ele admitiu que várias questões são resolvidas na Justiça, mas ressaltou que sempre se pode aperfeiçoar o trabalho das agências e que elas representam custos bem menos elevados aos investidores.
Levy ressaltou que, no Brasil, as agências não são as formuladoras das políticas, mas cuidam da execução. Isso garante, segundo ele, mais “autonomia para resolver as questões”.
Em seguida, o ministro falou do papel do BNDES. “Nós temos um grande banco de desenvolvimento que, agora, vai trabalhar juntamente com os mercados de capital”, afirmou, referindo-se aos projetos de investimentos em infraestrutura. Levy explicou que, se um projeto ficar em atraso por um prazo, como, por exemplo, dois anos, o banco poderá dar as garantias para que seja possível continuar os pagamentos necessários para a manutenção das obras nesse período.
O evento em que o ministro participa faz parte da reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.
O ministro notou ainda que um passo importante para aumentar os investimentos em infraestrutura é separar as áreas de infraestrutura social, em que não há retorno de mercado, dos segmentos em que a oferta de serviços públicos têm compensação para o setor privado.
Segundo ele, áreas como habitação popular e, em alguns casos, saneamento para baixa renda são segmentos apoiados no Brasil com recursos públicos. “Mas há muitas coisas, numa economia grande como o Brasil, em termos de população e recursos naturais, para o setor privado participar e ganhar”, afirmou.
De acordo com ele, essa tem sido a experiência do país especialmetne nos últimos 20 anos, mas até mesmo num período mais longo. Levy também destacou o impacto de investimentos de caráter social sobre toda a sociedade. “Qual é o retorno de investimentos em moradias? Você transforma a vida das pessoas, que moravam em uma casa sem estrutura e agora moram em um apartamento decente. Você tem escolas. É claro que o impacto na sociedade é enorme”, disse.
Levy destacou também a importância de o país construir parcerias com os Estados nos investimentos que são mais importantes. Num país grande como o Brasil, esse tipo de diálogo é relevante, observou.
“É preciso escutar os Estados. O que vai estruturar as economias dos Estados? O que vai mudar as economias deles? Às vezes é uma linha de trem, um porto, às vezes apenas uma conexão do aeroporto com uma área industrial”, afirmou Levy durante seminário sobre investimentos em infraestrutura, em Washington. “Falando com os Estados, você consegue o apoio deles. É o que estamos tentando fazer no Brasil. Há um novo ciclo de investimentos. Alguns projetos já estão lá, mas você tem que reafirmar qual é a prioridade.”
Fonte - Revista Ferroviária 22/04/2015
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