A investigação, feita por cientistas da Universidade James Cook, analisou o impacto do aumento da temperatura da água em larvas de peixes recolhidas em área de 2 mil quilômetros entre o sul da Grande Barreira de Coral e o Norte da Papua Nova Guiné, próxima da linha equatorial.
Da Agência Lusa
foto - ilustração |
A investigação, feita por cientistas da Universidade James Cook, analisou o impacto do aumento da temperatura da água em larvas de peixes recolhidas em área de 2 mil quilômetros entre o sul da Grande Barreira de Coral e o Norte da Papua Nova Guiné, próxima da linha equatorial.
“Descobrimos que onde as temperaturas aumentaram acima de 1 ponto perto do Equador, para 29 graus, o ritmo de desenvolvimento das larvas atrasou-se”, disse o autor do estudo, Ian McLeod, em comunicado da universidade.
A maioria dos peixes marinhos atravessa uma etapa de desenvolvimento da larva em mar aberto que os torna mais vulneráveis aos predadores. Se passam muito tempo nessa situação, têm menos possibilidades de sobreviver.
“O crescimento rápido durante a etapa de larva dá vantagens de sobrevivência porque podem desenvolver-se mais cedo e sair com mais rapidez dos perigosos ambientes marítimos", explicou o cientista australiano.
O coautor do estudo, Philip Munday, alertou para a vulnerabilidade dos peixes equatoriais ao aquecimento global, enquanto outro investigador, Geoffrey Jones, advertiu que milhões de pessoas nas zonas equatoriais dependem da pesca para viver.
"Muita gente nas regiões equatoriais, como a Papua Nova Guiné, depende dos peixes, que são a sua principal fonte de proteínas. O estudo leva a uma reflexão sobre o futuro da segurança alimentar nesses lugares”, destacou Jones.
Fonte - Agência Brasil 31/03/2015
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