terça-feira, 25 de novembro de 2014

Professores municipais paralisam atividades em Salvador

Salvador

Como foi noticiado na semana passada, pela Tribuna, os professores do Município iniciaram uma paralisação de suas atividades, ontem, tendo como objetivo pressionar o Poder Legislativo na votação aos vetos, para acelerar a discussão sobre o novo Plano de Cargo, Carreiras e Vencimentos (PCCV) dos educadores.

Matheus Fortes -TB
foto - ilustração
A segunda-feira amanheceu atípica para grande parte dos 150 mil alunos da rede municipal da capital baiana. Como foi noticiado na semana passada, pela Tribuna, os professores do Município iniciaram uma paralisação de suas atividades, ontem, tendo como objetivo pressionar o Poder Legislativo na votação aos vetos, para acelerar a discussão sobre o novo Plano de Cargo, Carreiras e Vencimentos (PCCV) dos educadores.
Nos colégios municipais da capital baiana, a situação varia de acordo com a instituição. Isso ocorre porque, dentre as 425 unidades escolares da rede municipal, há colégios cuja maioria dos profissionais que compõem o corpo docente, pertence à rede estadual. Uma dessas unidades é a Escola Ruy de Lima Maltez, em que os mais de 120 alunos tiveram aulas normais, já que 90% dos professores não são da rede municipal.
A coordenadora pedagógica da escola, Rosângela Neto, afirma que não houve necessidade de interromper as aulas, pois apenas os professores municipais aderiram à paralisação. Assim, as turmas que seriam prejudicadas assistiram às aulas normalmente junto às turmas dos professores estaduais. “Além disso, hoje nós tivemos um passeio do qual não podíamos cancelar, e não houve necessidade disso. Dessa forma o calendário escolar também não sofrerá mudanças por conta da paralisação”, explicou ela.
As medidas adotadas para que seu filho de 5 anos não fosse prejudicado agradaram a recepcionista Elenilce Tavares. “É sempre ruim quando o filho da gente fica em casa sem fazer nada. Ficamos preocupados, pois temos que deixá-lo com uma pessoa responsável e confiável, além de que é ruim pra ele, pois poderia estar na aula aprendendo o conteúdo escolar”, explicou.
Enquanto isso, na Escola Municipal Maria Quitéria as aulas foram suspensas, pois, de acordo com a funcionária de serviços gerais da unidade – que identificou-se como Cristina Maria –, a maior parte do corpo docente é da rede do município e optou por paralisar as atividades até a quarta-feira. A diretora do colégio não se encontrava na escola no momento de visita da equipe de reportagem, e não havia nenhum porta-voz para falar se as aulas serão repostas. De acordo com Elza Melo, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, APLB, a paralisação vai continuar até amanhã. Hoje, haverá uma mobilização em frente à prefeitura, às 14h, para discutir sobre o novo Plano de Cargo, Carreiras e Vencimentos (PCCV) dos educadores.
Fonte - Tribuna da Bahia  25/11/2014

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