Conhecido por baianos e turistas como um dos cartões-postais de Salvador, o espaço será restaurado pelo arquiteto David Bastos, que promete resgatar a história da cidade, com a reabertura de espaço considerado um ícone construído em 1934.
Tamirys Machado - TB
Foto: Reginaldo Ipê |
As obras no Palace hotel iniciam em dezembro. Serão 81 quartos, além de áreas de convivência, como restaurantes e salão de festas, com capacidade para 300 pessoas. A previsão para reinauguração é no segundo semestre de 2015. A restauração do prédio tem a finalidade não só de proporcionar mais um espaço para Salvador, mas de interligar com outros locais históricos da cidade como o Espaço Glauber Rocha e o Teatro Gregório de Matos, ambos situados nas proximidades.
Revitalização
Para Claudio Marques, Diretor do Espaço Glauber Rocha, a revitalização do equipamento dará uma vida à região, impactando de forma positiva. “É imprescindível que tenhamos outros equipamentos de cultura voltados para o turismo na região. Não pode ter apenas o cinema, tem que ter uma vida complementar, para que a sociedade ocupe aquele espaço”, pontuou. Ele ressaltou a importância da iniciativa. “Fico muito feliz, espero que o Fasano venha o quanto antes, assim como o Teatro Gregório de Matos. Assim a população dará a devida importância que o espaço tem”, afirmou. A obra é uma iniciativa do empresário paulista com experiência na hotelaria internacional Antonio Mazzafera, que ainda não não revelou detalhes do projeto.
Comerciantes e frequentadores do local comemoram a requalificação do hotel. A dona da loja de bordados, Erenice Silva, que fica em frente ao Hotel, torce pela agilidade da reforma. “É uma ótima notícia porque atrai turista, então torço muito para que não demore as obras e o movimento aqui melhore. A minha loja é diferenciada das demais porque é só de bordado e isso acaba encantando turistas”, disse.
A gerente do restaurante Arca do Tesouro, Eliene Santos, ao lado do Palace, diz que a principal clientela é de funcionário público que trabalha nos prédios ao redor, mas com um hotel desse porte funcionando a tendência é agregar também outro público. “Espero que melhore, com o fluxo maior de pessoas, principalmente os turistas, porque vem mais gente almoçar aqui”, afirmou. O taxista Eduardo Gonçalves também comemorou a iniciativa. “Será ótimo, principalmente para nós taxistas por conta dos visitantes que usam muito táxi. Uma cidade bem frequentada, com boas opções de lazer, de hotéis, é bom para todo mundo”, pontuou. Já o funcionário do Restaurante Maria Preta, Edson Santana, disse que o movimento caiu depois da proibição do estacionamento na área, e com mais um hotel, o movimento aumenta. “Vai melhorar mais o movimento e isso é muito bom. Perdemos muitos clientes por conta do estacionamento que proibiram aqui, mas em época de festa na cidade a movimentação é boa”, disse. Vendedores ambulantes também já esperam melhorias nas vendas. “Se já tivesse reformado seria melhor, mas sempre há tempo”, afirmou o Zé do quebra-queixo, ambulante que há 20 anos vende o típico doce da Bahia na Praça da Sé.
Fonte - Tribuna da Bahia 18/11/2014
COMENTÁRIO Pregopontocom
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O centro histórico de Salvador não pode continuar relegado a um plano inferior,com vem acontecendo a décadas desde quando perdeu o seu comercio,uma boa parte do centro financeiro e administrativo, juntamente com o seu público para a região do Iguatemi e seu entorno.Essa mudança,na base do vai levando,trouxe prejuízos inequívocos para a nossa cidade pois ao invés de se criar novas zonas onde se redistribuísse equitativamente as aéreas de comercio e financeira da cidade,além de setores administrativos,apenas aliviando a área central,o que se viu foi uma verdadeira debandada,uma migração em massa para a região do Iguatemi e entorno e o consequente abandono do antigo centro "nervoso" de Salvador.
As consequências foram catastróficas em todos os sentidos,a alta concentração imobiliária e demográfica na nova região,resultado dessa transferência irracional,interferiu negativamente nos diversos aspectos urbanos da região,transito,transportes,saturação das vias existentes gerando constantes transtornos e engarrafamento diários no local e com isso um alto preço tem sido pago pela simples falta de planejamento pensando no futuro da cidade,tudo foi feito simplesmente olhando para o dedão do pé...Por outro lado o abandono da região central da cidade não só por aqueles que a deixaram e se deslocaram para o novo local,mas também pelo poder público que pouco fez para restaurar e revitalizar o famoso centro da cidade de Salvador, com a sua imponente Rua Chile,o Palácio Rio Branco,o Elevador Lacerda,fez com que o centro histórico caísse em decadência passando longe dos seus áureos tempos das Duas Américas,Sloper,Adamastor (Que funcionou embaixo do Hotel),o antigo Hotel Meridional que deu lugar ao Edf.Braúlio Xavier,Magazine Florensilva,Mesbla,O Girasol, na Av. Sete e tantos outros conjuntos arquitetônicos cuja a beleza e antiguidade ajudaram a escrever paginas da história da nossa cidade por muito tempo,e através dele conta-las para seus moradores e visitantes.Quando se abandona locais históricos de uma cidade a sua história se perde nas lembranças que se apagarão com o tempo, e por não serem mais vistas deixarão de ser lembradas.Logradouros,Prédios,casas e monumentos, antigos e históricos,são com paginas de um grande livro de história ao alcance dos nossos olhos,Talvez seja o Palace Hotel,que nos fins de tardes proporcionava grandes saraus musicais em seu salão,uma chama ainda resistente prestes acender uma nova e vigorosa esperança de revitalização da velha Salvador.E quem sabe,mesmo que sonhando,futuramente possamos andar em belos bondes modernos (VLTs) subindo e descendo da Pça. da Sé até o Campo Grande(Canela) em vias de mão dupla sem carros com ciclovias e com calçadas largas para que possamos todos,bater pernas,olhar vitrines fazer compras,encontrar amigos e no fim das tardes em botecos agradáveis bater um bom papo enquanto contemplamos a beleza dessa jovem senhora chamada Salvador.
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