A curadora da exposição, Simone Pinto, disse que ao vencer edital do CNPq, o museu quis desmistificar, principalmente com os jovens, a ideia de que cientistas vivem só em laboratórios. “Quando a gente montou a exposição, a ideia foi mostrar ao público, em especial para o público escolar, que a mulher fez parte da ciência e continua fazendo parte da construção da ciência no Brasil”, disse Simone.
Alana Gandra - Agência Brasil
EBC |
A curadora da exposição, Simone Pinto, disse que ao vencer edital do CNPq, o museu quis desmistificar, principalmente com os jovens, a ideia de que cientistas vivem só em laboratórios. “Quando a gente montou a exposição, a ideia foi mostrar ao público, em especial para o público escolar, que a mulher fez parte da ciência e continua fazendo parte da construção da ciência no Brasil”, disse Simone.
Parte de um laboratório de química foi montado no museu em homenagem à pesquisadora Eloísa Biasotto Mano, nascida em 1924, que compareceu à abertura da exposição, no final de outubro passado. A bióloga Anna Lima aceitou o convite e posou como pesquisadora da área de química.
Engenheira química pela antiga Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Eloísa Mano respondeu pela criação, em 1968, do primeiro grupo de pesquisadores de polímeros do país, que gerou o Instituto de Macromoléculas da UFRJ. O instituto leva o seu nome.
A mais antiga pesquisadora brasileira retratada na mostra do Museu Ciência e Vida é a obstetra Maria Josephina Matilde Durocher, que viveu entre 1809 e 1893. Primeira aluna do curso de obstetrícia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, Maria Josephina foi nomeada pelo imperador Dom Pedro II e foi a primeira mulher admitida como membro titular da Academia Nacional de Medicina. Parteira da Corte Imperial, ela fez o parto dos netos de Dom Pedro II.
O Museu Ciência e Vida é administrado pela Fundação Centro de Ciências e Educação Superior à Distância do Estado do Rio de Janeiro (Fundação Cecierj), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro.
A partir de maio de 2015, a exposição se tornará itinerante e deverá percorrer outros espaços de ciências no estado do Rio, nos municípios de Paracambi, de Três Rios e de São João da Barra, informou a diretora do Museu Ciência e Vida, Mônica Dahmouche. Acrescentou que “a mostra está disponível também para outros museus que se interessem pela temática das primeiras mulheres cientistas brasileiras”. Segundo Mônica, poderá ser estabelecida parceria ainda para apresentação da exposição em qualquer museu do estado.
A exposição retrata 24 pioneiras da ciência e tem um enfoque maior nas ciências exatas, uma vez que o museu é dirigido por uma física e conta, entre seus atrativos, com o Planetário Marcos Pontes, nome dado em homenagem ao primeiro astronauta brasileiro, Marcos Cesar Pontes, e a oficina de Robótica. Também estão contempladas na mostra mulheres que se destacaram em outras áreas científicas, como a economista Maria da Conceição Tavares e a psiquiatra Nise da Silveira.
A entrada é gratuita. O agendamento de turmas de escolas para visitação pode ser realizado pelo telefone (21) 2671-7797.
Fonte - EBC 22/11/2014
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