As quedas de elevadores estão cada vez mais comuns na capital baiana - Além da quebra constante dos equipamentos, que fazem com que as pessoas tenham que subir vários andares a pé, questões como a paralisação dos elevadores enquanto ainda estão sendo utilizados, preocupa quem precisa fazer uso dos mesmos diariamente.
Chayenne Guerrero - TB
Foto: Romildo de Jesus / Tribuna da Bahia |
Em casos extremos, a falta de manutenção ou um simples descuido pode colocar em risco a vida de quem utiliza os serviços. As quedas de elevadores estão cada vez mais comuns na capital baiana. Só em 2013 ocorreram 48 acidentes no Estado, 19 a mais que o ano anterior, quando foram computadas 29 quedas.
A aposentada Maria Conceição Araújo sentiu na pele durante 25 anos, os prejuízos causados pela falta de manutenção do equipamento, enquanto trabalhava no prédio do Instituto da Previdência, no bairro de Nazaré.
“Há alguns anos o que hoje é a Previdência, antes funcionava um hospital. Quando eu precisava atender uma emergência no térreo tinha que descer correndo do terceiro andar. Às vezes tinha mulheres em trabalho de parto, e nós tínhamos que descer e subir, imagine fazer uma grávida, pronta para dar a luz, subir vários lances de escada? E mesmo depois de tanto tempo a situação continua parecida. Em uma das visitas que eu fiz aqui, o elevador estava quebrado. Dei sorte que meu compromisso era no primeiro andar,” conta a aposentada.
Em janeiro deste ano um operário caiu de uma altura equivalente a duas lajes, no poço do elevador de uma obra e sofreu escoriações. A falta de manutenção ou um simples descuido pode ocasionar uma tragédia, como a que ocorreu em março deste ano. A jovem Valdiceia de Jesus Pereira, de 36 anos, caiu no poço do elevador de serviço do Shopping Itaigara e faleceu.
O maior número de acidentes fatais ocorre por desatenção dos usuários de elevadores, no momento que abrem a porta do andar sem que o equipamento tenha chegado. Se a porta abrir e a pessoa perder o equilíbrio ou entrar achando que a cabina está no andar, cairá no poço e, dependendo do andar que estiver, poderá sofrer um acidente grave ou fatal.
Outro tipo de acidente grave, quando há falha do equipamento, no momento que pessoas tentam abrir a porta do andar, quando o elevador já está partindo, no intuito de fazê-lo parar. Se a porta abrir e a pessoa tentar entrar, poderá ser guilhotinada pela movimentação da cabina.
De acordo com o gerente de filial da Atlas, rede de elevadores, Paulo Eduardo Carnelof, os elevadores ainda são considerados meios de transporte seguros “Basta que haja uma manutenção adequada. O recomendado é que pelo menos uma vez por mês seja feita uma vistoria com ajuste de lubrificação, e segurança,” explica.
Ainda segundo Carnelof, os elevadores têm prazo de validade. “Quando um aparelho chega aos 20 anos de uso é quando se deve começar a fazer uma modernização. Tanto estética quanto tecnológica. Afinal, os recursos de segurança usados naquela época de instalação do aparelho, já não valem mais,” relata o gerente.
Em nota, a Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom), informou que o encargo pelas vistorias dos elevadores de uso comercial e particular, são do síndico do prédio e da empresa responsável pelos equipamentos. Mas que, em caso de risco para o cidadão, a denúncia pode ser feita a Sucom através do número: 2201-6900.
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