Agência Brasil
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O PT chegou a fazer 15 representações no Ministério Público de São Paulo (MP-SP) para pedir apuração de suspeitas de irregularidades em contratos para a compra e manutenção de trens e linhas do Metrô e da CPTM. Muitos dos inquéritos abertos na ocasião foram arquivados. Foram retomadas 45 investigações após a divulgação de que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) apura a formação de um cartel para superfaturar os preços das licitações. Dessas, 19 já tinham sido arquivadas pelo MP. Estão sob suspeita contratos firmados entre 1998 e 2007.
Para Marcolino, a investigação na Alesp é importante para dar publicidade aos fatos envolvendo as denúncias. “A CPI é um debate público, não é como no Ministério Público que é sigiloso. Você não tem acesso a investigação, aos questionamentos que estão sendo feitos lá”, disse. “Com a CPI você consegue trazer os executivos dessas empresas para falar como foi o processo dos contratos com o governo de São Paulo”.
O petista exige não só a devolução dos recursos que possam ter sido desviados com o superfaturamento como também a punição dos envolvidos. “Queremos que os agentes públicos sejam julgados e, se condenados, que paguem pelos erros cometidos. E que essas empresas que fraudaram licitações sejam punidas e não possam voltar a atuar no mercado brasileiro”.
O líder do governo na Alesp, deputado Barros Munhoz (PSDB), defende que não há embasamento para abertura da comissão. “Não há nenhuma fundamentação, é contra todas as regras regimentais, constitucionais. Não tem nenhum sentido”, criticou.
Munhoz argumenta que toda a investigação já está sendo feita pelo Ministério Público. O líder ressaltou que caso sejam descobertas irregularidades, a CPI simplesmente encaminharia suas conclusões para o órgão e que por isso a abertura da comissão não faz sentido. “Então nós vamos fechar o Ministério Público. Porque se está lá e a gente não confia que ele vai apurar, é melhor fechar a instituição”, ironizou.
Fonte - EBC 08/08/2013
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