sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Futuro - Como os trens serão concorrentes das aéreas

Transportes sobre trilhos  🚅

Um estudo divulgado no artigo Jornal de Transportes Avançados mostra que trens e aviões são competitivos em viagens com no máximo mil quilômetros de distância. A partir deste ponto, voar se torna mais rápido, fator decisivo na decisão dos passageiros. A definição, porém, não é exclusividade do artigo egípcio. Pesquisadores da Universidade Beihang, de Pequim, afirmam que o "tempo de viagem é crítico para a competitividade nos meios de transporte".

Panrotas 
foto - ilustração/arquivo
A aviação pode, em breve, ver um antigo concorrente voltar a incomodar na concorrência por passageiros em rotas por Europa e Ásia. Isso porque a tecnologia apresentada em trens de alta velocidade, somada aos baixos preços e um tempo de viagem competitivo, além de ser um meio de transporte menos nocivo ao meio ambiente, começa a mostrar ao mundo que, no futuro, fará mais sentido viajar por terra do que pelos ares, e isso não deve se limitar apenas a rotas curtas.
Um estudo divulgado no artigo Jornal de Transportes Avançados mostra que trens e aviões são competitivos em viagens com no máximo mil quilômetros de distância. A partir deste ponto, voar se torna mais rápido, fator decisivo na decisão dos passageiros. A definição, porém, não é exclusividade do artigo egípcio. Pesquisadores da Universidade Beihang, de Pequim, afirmam que o "tempo de viagem é crítico para a competitividade nos meios de transporte".
O crescimento da indústria ferroviária em algumas regiões da Europa e Ásia, com destaque para a China, é importante para mostrar como os trens podem voltar a competir com a aviação.
Viagens ferroviárias entre Pequim e Xangai, por exemplo, que contam com cerca de 100 milhões de viajantes anualmente, têm um novo serviço que chega a 351 quilômetros por hora, reduzindo a viagem a apenas quatro horas e meia, ou duas horas a menos do que o percurso via avião. O tempo contabilizado, porém, inclui apenas o momento entre decolagem e aterrissagem, sem contar check-in, passagem por segurança, inspeção de bagagem e outros pontos.
Na Europa, a ferrovia Eurostar, entre Londres, Paris e Bruxelas, transportou dez milhões de viajantes em 2017, quarto melhor número da história, desde que foi construída, em 1994. Neste caso, os baixos preços, em relação às companhias aéreas, são o maior atrativo aos passageiros.
Ao menos em território chinês, a aviação comercial não sente efeitos severos pelo crescimento ferroviário, de acordo com um dos responsáveis pelo estudo no Jornal de Transportes Avançados, Yu Zhang. Já para os próximos anos, no entanto, fica a expectativa de como esse crescimento da indústria ferroviária pode facilitar o Turismo e reduzir o custo das viagens, assim como oferecer novas experiências aos viajantes.
Fonte - Revista Ferroviária  11/01/2018

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