O uso do polêmico herbicida glifosato em plantações de soja está causando dores de cabeça em outros setores agrícolas.Os efeitos colaterais do uso de glifosato, que a propósito é proibido em vários países europeus, são revelados na apicultura. As abelhas colhem o néctar de flores atingidas pelo herbicida e bebem água contaminada por ele.
Sputnik
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Em agosto de 2016, União Europeia revelou que o nível de glifosato no mel uruguaio supera as normas estabelecidas. Como resultado, os produtores foram forçados a diminuir o preço do seu produto, porque parar de exportar o mel para a Europa não seria rentável.
Apicultores reclamaram para as autoridades do Uruguai, dizendo que tal preço do mel nos mercados europeus e norte-americanos põe em dúvida a existência da apicultura uruguaia.
As autoridades permitiram realizar pesquisas e detectar a fonte deste herbicida e como ele cai nas colmeias. Mas os apicultores não só querem detectá-lo, mas também eliminá-lo.
O mel do Uruguai é principalmente exportado para a Europa e para EUA. Vale destacar que a Alemanha, um dos melhores e mais exigentes compradores, está comprando apenas um sexto do mel uruguaio que chega à Europa, sendo que antes comprava 90% de todo o produto latino-americano.
Ruben Riera sublinha que os EUA até agora não limitaram as importações do mel do seu país, mas ele julga que isso acontecerá em breve. Recentemente, o glifosato foi oficialmente reconhecido como um produto cancerígeno na Califórnia. A indignação cresce pouco a pouco em outros estados norte-americanos também.
"É provável que os EUA introduzam restrições", disse o presidente da Sociedade de Apicultores do Uruguai.
Fonte - Sputnik 31/07/2017
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