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De acordo com o Fábio Primo, vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, a categoria definiu em assembleia nesta segunda, 24, que a paralisação começará a partir da 0h do dia 28. A intenção é que os trabalhadores cruzem os braços por 24h. "A orientação nacional é de greve durante toda a sexta, mas seguindo as normas da lei de greve. Por isso, teremos apenas 30% do efetivo transitando pela cidade", explicou Primo.
Paula Pitta - A Tarde
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De acordo com o Fábio Primo, vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, a categoria definiu em assembleia nesta segunda, 24, que a paralisação começará a partir da 0h do dia 28. A intenção é que os trabalhadores cruzem os braços por 24h. "A orientação nacional é de greve durante toda a sexta, mas seguindo as normas da lei de greve. Por isso, teremos apenas 30% do efetivo transitando pela cidade", explicou Primo.
Os professores da rede pública municipal e estadual também vão participar da mobilização, segundo Marilene Betros, coordenadora da APLB. Assim como fizeram no dia 15 de março, os docentes das escolas particulares devem seguir ao lado dos colegas da rede pública.
O coordenador do Sindicato dos Professores no Estado da Bahia (Sinproba), Francisco Pedro de Oliveira Júnior, explica que os trabalhadores fizeram uma assembleia no último dia 19, aprovando a participação. Contudo, apesar da definição dos professores, a paralisação de fato da categoria depende da suspensão das aulas em cada escola e a orientação do sindicato patronal (Sinepe) é que os colégios funcionem normalmente.
"Professores de algumas escolas já sinalizaram que as instituições vão paralisar, mas ainda não temos como confirmar. No último movimento, tivemos a participação de 64 escolas no estado. Esperamos que pelo menos essas paralisem", explicou Francisco Pedro.
Comércio
Os comerciários também vão participar da greve geral, mas nem todas as regiões da cidade devem ser afetadas. De acordo com o presidente do Sindicato dos Comerciários de Salvador, Jaelson Dourado, a entidade pretende se concentrar em frente à Casa Itália, no Centro da cidade, de onde vai seguir para a avenida Sete, fechando as lojas da região.
Por enquanto, não estão previstos piquetes nos shoppings de Salvador. "No primeiro momento não vamos fazer, mas, se o movimento criar força, podemos ocupar os shoppings", disse.
Apesar de aderir ao movimento, o sindicado dos frentistas não pretende impedir o acesso dos trabalhadores nos postos de combustível. "Vamos participar da greve, mas não tem deliberação para fazer piquete. Até porque o problema não é empresariado, e sim a condução política e econômica do país", defendeu o secretário do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis e Derivados da Bahia (Sinposba), Antônio Manoel Ferreira.
Outra categoria que será representada na paralisação, mas sem cruzar os braços, é a de policiais civis. O secretário do sindicato da categoria (Sinpoc), Bernardino Gayoso, explicou que a mobilização terá a participação apenas dos trabalhadores de folga para não afetar os serviços nas delegacias. "Quem estiver de folga vai participar de todos os atos. Também vamos panfletar nas delegacias, mas vamos cumprir o plantão", antecipou.
Ferroviários e petroleiros
Já os ferroviários e petroleiros pretendem fazer atos mais contundentes. O presidente do Sindiferro, Paulino Rodrigues, disse que a categoria vai parar durante 24 horas o serviço da Companhia de Transporte da Bahia (CTB), que opera os trens entre a Calçada e o subúrbio de Salvador. Com isso, cerca de 10 mil passageiros ficarão sem o transporte nesta sexta.
Já o Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindpetro), além de aprovar a paralisação na sexta, organiza um ato em frente ao edifício sede da Petrobras em Salvador, no Itaigara. A concentração deve começar a partir das 7 horas. À noite, a categoria volta a se reunir no Largo de Santana, no Rio Vermelho, para discutir a mobilização.
Assembleias
Os vigilantes vão fazer assembleia para chegar a uma definição. A discussão deve acontecer na quarta, 26, e na quinta, 27, mas Jeferson Fernandes, secretário do Sindivigilantes, antecipa que a tendência também é de paralisação de 24 horas.
O Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos da Bahia (Sincotelba) agendou uma assembleia para esta quarta, 26, às 18 horas, no Comércio, para definir se a categoria vai aderir ao movimento.
Greve geral
Ao contrário das outras paralisações de 24 horas promovidas contra as reformas de Temer, o movimento desta sexta em Salvador não tem atos agendados para a manhã. Algumas categorias isoladamente organizam ações no início do dia, mas de forma geral os trabalhadores de todos os setores só devem se reunir a partir das 15 horas, no Campo Grande. Portanto, o turno matutino deve servir para as entidades mobilizarem seus filiados.
Contudo, a rotina na cidade deve ser afetada pela manhã, por conta dos serviços paralisados, como bancos, trens e escolas.
A greve geral é organizada em todo país pela Frente Brasil Popular e tem apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB). Eles protestam contra o corte de direitos trabalhistas, terceirização e reforma previdenciária.
O representante dos professores particulares, Francisco Pedro, explica que as mudanças no texto da reforma da Previdência para tentar atender a algumas categorias, como professores e policiais, não é suficiente.
"As propostas não afetam apenas os professores, ferem a todos trabalhadores. Já teve a aprovação da terceirização e outras propostas estão por ser aprovadas. Isso é o que há de pior para todos trabalhadores", afirmou.
Fonte - A Tarde 24/04/2017
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