quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Bombardier rejeita oferta chinesa por unidade ferroviária

Internacional

A venda de uma fatia majoritária iria no entanto,expor a Bombardier a uma pressão política em sua localidade natal,Quebec,onde gera empregos com altos salários que poderiam ser perdidos com uma aquisição estrangeira em um momento em que a economia canadense entrou em recessão.

Reuters
Bombardier
A canadense Bombardier recusou uma oferta chinesa que poderia chegar a 100% de sua preciosa unidade ferroviária,segundo documentos vistos pela Reuters, demonstrando sua relutância em ceder o controle da unidade para uma empresa estatal chinesa neste momento.
A Beijing Infrastructure Investment Co (BII), uma estatal que opera 18 linhas de metrô na capital chinesa, fez oferta para adquirir entre 60 e 100% da Bombardier Transport, segundo carta datada de 14 de agosto descrevendo a proposta e vista pela Reuters.
A Bombardier,que está buscando capitalizar recursos financeiros através de uma fatia minoritária de sua unidade de transporte ainda neste ano,é atrativa para companhias chinesas como a BII,que encorajadas pelo governo chinês, estão buscando adquirir tecnologia estrangeira líder em seus segmentos para desenvolver seus negócios e aumentar sua presença global.
A venda de uma fatia majoritária iria no entanto,expor a Bombardier a uma pressão política em sua localidade natal,Quebec,onde gera empregos com altos salários que poderiam ser perdidos com uma aquisição estrangeira em um momento em que a economia canadense entrou em recessão.
O vice-presidente de fusões e aquisições da Bombardier, Louis Veronneau, rejeitou a proposta em carta endereçada ao presidente do Conselho da BII, Tian Zhenqing.
"Não estamos pensando em uma transação envolvendo uma fatia majoritária da empresa neste momento", escreveu Veronneau em 21 de agosto.
Procurada pela Reuters, a BII se recusou a comentar o assunto.
Além de seu negócio de trens, a Bombardier atua no desenvolvimento e na produção de aviões regionais e executivos, mercados em que compete com a brasileira Embraer, entre outras.
Fonte - Revista Ferroviária  10/09/2015

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