"Foi uma quebra de paradigma. Começamos a testar e vimos que dava para fazer", diz Guilherme Alvisi, gerente geral de negócios da MRS. Segundo ele, o mercado é promissor, pois muitos contêineres são desembarcados do navio em um terminal, mas a carga é desembaraçada em outro, no caso da importação. O mesmo vale na mão inversa, quando o contêiner é estufado em um local e levado a outro para ser embarcado no navio.
Valor Econômico
foto - ilustração/Revs.Ferroviária |
"Foi uma quebra de paradigma. Começamos a testar e vimos que dava para fazer", diz Guilherme Alvisi, gerente geral de negócios da MRS. Segundo ele, o mercado é promissor, pois muitos contêineres são desembarcados do navio em um terminal, mas a carga é desembaraçada em outro, no caso da importação. O mesmo vale na mão inversa, quando o contêiner é estufado em um local e levado a outro para ser embarcado no navio.
O serviço começou a funcionar em junho e desde então foram transportados 132 Teus (contêineres de 20 pés) entre o Teval, terminal da Libra na retroárea de Santos que serve como um pulmão de transferência, e os terminais portuários Embraport e Santos Brasil, em Guarujá. O percurso é feito porta a porta, já que as instalações têm ramais ferroviários que se conectam à malha da MRS ¬ um diferencial competitivo.
A MRS vislumbra potencial no negócio, já que tem uma capacidade instalada para fazer 3 mil Teus anuais na rota. A intenção agora é, além de dar escala à operação com os atuais clientes, expandir o negócio junto aos demais terminais que também têm ramal ferroviário.
A Embraport, da Odebrecht Transport e da Dubai Ports World, iniciou a recepção de contêineres do Teval via ferrovia em modo teste, mas vê possibilidade de ela se tornar sistemática, com a recente inauguração de seu pátio ferroviário.
"O nosso grande objetivo com o pátio ferroviário é buscar sinergia com as operações de comércio exterior dos navios [cargas de exportação e importação]", diz Fabio Siccherino, diretor de novos negócios da Embraport.
A principal bandeira para atrair o contêiner do caminhão para o trem é o custo do serviço, mais em conta que o transporte rodoviário, dada a economia de escala. A operação é feita com vagões "double stack", que empilham até quatro Teus.
O Teval também enxerga na modalidade um grande potencial. "Somos um operador logístico, nosso compromisso é entregar a carga no prazo. A transferência para os trilhos passa a ser importante porque hoje o trânsito entre Santos e Guarujá cria dificuldades", diz Daniel Brugioni, diretor geral da Libra Logística. Segundo ele, a opção pelo trem fica 12% mais em conta que o caminhão, além de ser ambientalmente mais sustentável.
Atualmente, dos 3 mil contêineres que o Teval opera por mês, 700 são destinados ao Guarujá. A capacidade para transporte ferroviário do Teval entre Santos e Guarujá é mais que o dobro desse volume.
Fonte - Revista Ferroviária 03/07/2015
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