Até o compromisso de desmatamento zero ser firmado, apenas 2% dos fornecedores haviam registrado suas propriedades.Cinco meses depois, esse índice subiu para 60% e, ainda em 2013, para 96%
Revista Amazônia
O foco do estudo foi a JBS, maior produtora de carne do mundo, para a qual foi realizado um mapeamento analítico sobre o registro das terras usadas pelos pecuaristas. Apenas os produtores rurais que tivessem suas posses cadastradas para serem fiscalizadas por satélites (por georreferenciamento) seriam mantidos como fornecedores da JBS, por isso, todos foram bastante ágeis para ficar dentro das conformidades. Até o compromisso de desmatamento zero ser firmado, apenas 2% dos fornecedores haviam registrado suas propriedades. Cinco meses depois, esse índice subiu para 60% e, ainda em 2013, para 96%. A pesquisa mostra que os produtores que vendem à JBS registraram suas propriedades de dois a três anos antes do que aqueles que não tinham relação comercial com a empresa. Um dado interessante é que 85% deles declararam que o fato de serem fornecedores da empresa foi o que motivou o registro.
Outra mudança importante foi que a indústria, de forma voluntária, deixou de comprar carne de pecuaristas que praticavam o desmatamento, diferentemente das práticas exercidas antes do acordo. O estudo revelou ainda que, antes de 2009, quatro em dez fornecedores diretos da JBS haviam praticado desmatamento no período. Em 2013, esse número caiu para quatro em 100 – proporção dez vezes menor de quatro anos atrás. Isso mostra o impacto dos esforços de conservação, e revela o poder das intervenções na cadeia da carne para redução do desmatamento associado à sexta maior commodity do mundo.
Fonte - Revista Amazônia 14/05/2015
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