Transportes sobre trilhos
Deixar para depois a implantação do VLT de Cuiabá poderá ser considerado, no futuro, uma irresponsabilidade
Vicente Vuolo
A Parceria-Público-Privada (PPP) envolvendo a União, Estado de Goiás e Iniciativa privada vai injetar R$ 1,3 bilhões na construção de uma linha férrea para receber o Veículo Leve Sobre Trilhos, sendo R$ 215 milhões do Governo Federal, R$ 590 milhões do Governo Estadual e R$ 495 milhões da Concessionária.
O trecho de 13,6 km cortará a monumental Avenida Anhanguera. Terá 12 estações e cinco terminais atendendo as regiões desde o Terminal Padre Pelágio, passando por Capuava, Anicuns, Terminal Dergo, José Hermano, Campinas, Praça A, Alameda das Rosas, HGG, Museu Prof. Zoroastro Artiaga, Jóquei Clube, Bandeirantes Oeste, Bandeirantes Leste, Parque Botafogo, Rua 20, Praça da Bíblia, Palmito até o Terminal Novo Mundo.
O prazo de entrega será de vinte e quatro meses. E 187 desapropriações de imóveis serão pagas à vista, a preço de mercado.
Com o início de operação previsto para 2017, o VLT Goiânia vai proporcionar mais rapidez e conforto às pessoas que utilizam o transporte coletivo, com ar-condicionado, substituindo de vez o corredor de ônibus.
O VLT Goiânia terá 30 composições de dois carros, com capacidade para transportar até 600 passageiros por viagem – muito mais que ônibus – a uma velocidade média de 23 km/hora, em intervalos de três minutos nos horários de pico.
Existe acertada preocupação com a arquitetura moderna da capital goiana. Todo o trecho por onde os trens passarão será revitalizado, de fachada a fachada, incluindo novas calçadas, faixas dos carros, sistema de drenagem, paisagismo, iluminação Led e mobiliário urbano.
Vale destacar que os novos terminais de integração e as estações terão rampas de acessibilidade.
O exemplo de Goiânia bem que poderia contagiar a cidadania mato-grossense e a modernidade dos novos bondes ser incluída entre as prioridades de nosso planejamento urbano.
Com uma população na região metropolitana de Cuiabá, que ultrapassa a 1 milhão de habitantes, o transporte ferroviário ligando as cidades próximas e se conectando com vários modais de transportes urbanos, incluindo ciclovias e modernização de acessos aos pedestres, e especialmente a implantação de uma ou mais linhas de VLT é, antes de tudo, uma exigência.
Nada de sonho distante, planejar desde já e correr para colocar em prática essa proposta, é uma necessidade concreta e factível.
Deixar para depois a implantação do VLT de Cuiabá poderá ser considerado, no futuro, irresponsabilidade de nossa geração.
Cada vez mais a mobilidade urbana é considerada um direito social básico e sua falta é um entrave ao desenvolvimento.
VICENTE VUOLO é economista, cientista político e analista legislativo do Senado Federal. - vicente.vuolo10@gmail.com
Fonte - Mídia News 16/04/2015
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