A ideia é apressar o lançamento de alternativas de recursos de longo prazo, que estão muito concentradas no BNDES", disse a fonte à Reuters nesta quarta-feira.
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Será lançado um veículo de investimentos, o chamado "fundo noiva", gerido pela Caixa Econômica Federal, com 1 bilhão de reais de recursos de fundos de pensão de estatais, que poderá ter participação de até 49 por cento nas concessões de até três rodovias e um trecho de ferrovia, disse a fonte, que pediu para não ser identificada.
O "fundo noiva" não participa de leilões de concessões, mas oferece sociedade ao vencedor, seja quem for. O governo anunciou a criação desse fundo no ano passado, mas até agora ele não foi oficializado.
Segundo a fonte, o fundo contará com recursos dos fundos de pensão dos funcionários da Caixa, o Funcef, e da Petrobras, Petros, entre outros, e deve ser acionado na licitação do trecho de ferrovia que liga Lucas do Rio Verde (MT) e Campinorte (GO), cujo edital deve sair até dezembro.
O trecho tem investimentos previstos de 5,4 bilhões de reais.
"A ideia é apressar o lançamento de alternativas de recursos de longo prazo, que estão muito concentradas no BNDES", disse a fonte à Reuters nesta quarta-feira. Também está em estudo a flexibilização do recolhimento compulsório sobre depósitos a prazo.
A ideia é destravar o ambicioso Programa de Investimentos em Logísticas (PIL) lançado em 2012 pelo governo da presidente Dilma Rousseff, que concorre à reeleição pelo PT.
O programa patinou em algumas áreas, como ferrovias, e caberá ao novo governo levar adiante as concessões de rodovias, ferrovias e portos que não foram realizadas ainda, com investimentos estimados em cerca de 120 bilhões de reais.
O governo também deve lançar até o fim do ano o Fundo Garantidor de Infraestrutura (FGIE), que será gerido pela Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF), para cobrir riscos das concessões de rodovias e ferrovias, como dificuldades de obtenção de licenças ambientais e descumprimento de obrigações pelo poder concedente.
O objetivo é amenizar receios de investidores com os chamados riscos não-gerenciáveis.
Em paralelo, o governo estuda nova rodada de flexibilização dos depósitos compulsórios, recursos que os bancos são obrigados a recolher ao cofres do Banco Central sem remuneração.
A mudança valeria apenas para depósitos a prazo, também com objetivo de estimular fluxo maior de recursos para infraestrutura.
Fonte - Revista Ferroviária 08/10/2014
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