O documento publicado no Diário Oficial não estabelece prazos, nem dá detalhes do projeto. Mas, segundo Alexandre Faria, da Agência de Desenvolvimento Terra Roxa, trata-se de uma autorização para o governo contratar o projeto executivo da obra, estimado em R$ 10 milhões. A obra propriamente dita deve custar R$ 700 milhões.
Folha de Londrina
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O documento publicado no Diário Oficial não estabelece prazos, nem dá detalhes do projeto. Mas, segundo Alexandre Faria, da Agência de Desenvolvimento Terra Roxa, trata-se de uma autorização para o governo contratar o projeto executivo da obra, estimado em R$ 10 milhões. A obra propriamente dita deve custar R$ 700 milhões.
"É uma formalidade que a gente estava aguardando. É uma um passo para a concretização do projeto", afirma o executivo. O solicitante da obra é o governo do Estado. "As próximas etapas serão definidas entre os governos do Estado e o federal", conta. A execução depende de convênio entre os dois entes federativos e de licitação.
O estudo de viabilidade do Trem Pé Vemelho foi feito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e seria submetido a uma audiência pública marcada para Apucarana, em junho do ano passado. Mas, o evento foi suspenso pelo Ministério dos Transportes e ainda não foi remarcado.
Inicialmente, o traçado do Ferrovia ia de Maringá a Londrina, mas, durante o estudo, foram incluídas no extremo oeste a cidade de Paiçandu e, no lado contrário, Ibiporã. São 152,6 km de trilhos, servindo a 13 cidades que concentram juntas 1,8 milhão de pessoas.
O trem faz parte do Programa de Resgate do Transporte Ferroviário de Passageiros, do governo federal. Foram estudados 68 trechos no País e 14 selecionados como viáveis. A proposta é que a composição saia de Paiçandu, passe por Maringá, Sarandi, Marialva, Mandaguari, Jandaia do Sul, Cambira, Apucarana, Arapongas, Rolândia, Cambé, Londrina e Ibiporã.
Contrariando estimativa inicial, o estudo de viabilidade concluiu que não será possível aproveitar os trilhos hoje existentes no trecho. Segundo apurou a FOLHA junto à UFSC em junho do ano passado, o programa prevê o tráfego mútuo de cargas e passageiros, desde que um não prejudique o outro. E o estudo concluiu que a Ferrovia hoje existente já está com sua capacidade esgotada. Ou seja, será necessário construir uma outra ao lada da atual.
Os técnicos da universidade fizeram uma viagem entre Londrina e Apucarana e só este trecho demorou nove horas. Entre os 14 projetos selecionados no País, o trem Pé-Vermelho é o segundo com processo mais adiantado.
A reportagem tentou contato ontem à tarde com os ministérios do Transporte e das Cidades, mas não conseguiu entrevistas devido ao jogo do Brasil na Copa do Mundo. Também não foi possível localizar o prefeito Alexandre Kireeff para repercutir a divulgação da portaria.
Fonte - Revista Ferroviária 25/06/2014
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