O governo espera também anunciar nos próximos dias duas peças que faltam para completar a regulamentação do novo modelo de ferrovias.
O Estado de São Paulo
Entre as novas linhas, estão um ramal de 1.050 quilômetros entre Sinop (MT) e Miritituba (PA), e outro ligando Sapezal (MT) a Porto Velho (RO), uma linha de 1.100 km. Ambas coincidem com o projeto Pirarara, elaborado por quatro gigantes do agronegócio - Bunge, Cargill, Maggi e Dreyfus - mais a estruturadora de negócios Estação da Luz Participações (EDLP). O projeto foi informado em primeira mão pelo Estado no dia 23 de março.
"Estamos bastante animados", disse o presidente da EDLP, Guilherme Quintella. Ele, o senador licenciado Blairo Maggi (PR-MT) e o presidente da Bunge no Brasil, Pedro Parente, estiveram ontem (25) em Barcarena (PA), onde a presidente Dilma Rousseff inaugurou um terminal da empresa e ressaltou a necessidade de se investir em hidrovias e ferrovias. Ela citou os dois trechos de interesse do agronegócio em seu discurso.
O projeto Pirarara prevê três linhas férreas. Além das duas que terão os estudos autorizados, existe uma terceira, de 320 km, ligando Água Boa (MT) a Campinorte (GO). Esse trecho é o único que não bate com os planos do governo - que propõe um traçado semelhante, porém mais longo: Campinorte até Lucas do Rio Verde (MT).
Planos
Em entrevista publicada sexta-feira (25) pelo jornal Valor Econômico, o ministro dos Transportes, César Borges, disse que, apesar da proposta do agronegócio, vai prosseguir com os planos de licitar a ferrovia tal como proposto originalmente. Ou seja, o traçado mais longo.
Isso causou reações diferentes no grupo que propôs o projeto Pirarara. "Para nós, tanto melhor", disse Quintella. Ele não vê contradição entre o plano do governo e o Pirarara. Maggi, por sua vez, não está convencido. "Não somos contra o governo seguir com os planos dele, mas vamos prosseguir os estudos e mostrar que o corredor que propomos é o mais viável."
O governo espera também anunciar nos próximos dias duas peças que faltam para completar a regulamentação do novo modelo de ferrovias. As novas concessões separam a atividade ferroviária em duas: quem constrói e opera as linhas e quem transporta a carga. Hoje, os dois papéis são desempenhados pela mesma concessionária. Para atrair investimento para a construção e operação das linhas, o governo se comprometeu a comprar toda a capacidade de carga delas.
A outra regulamentação a ser anunciada é sobre o operador de carga ferroviária. Havia dúvidas sobre as condições sob as quais eles teriam acesso às linhas das concessões antigas, que são em outro modelo. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Fonte - STEFZS 27/04/2014
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