Sem manutenção, o monumento de quase cem anos encontra-se pichado, cheio de mato, com números de uma das fases em falta e sem marcar a hora correta. Comerciantes do local lamentam o estado do equipamento.
Maíra Côrtes
Equipamento está pichado e cheio de mato Foto: Romildo de Jesus/Tribuna da Bahia |
“É triste ver o Relógio abandonado desse jeito. Muita gente, quando passava por aqui, aproveitava para tirar foto dele por ser bonito e histórico. Mas agora, ele ta aí, nem marca a hora direito, e ainda está com a beleza escondida”, reclama a comerciante Simone Cruz, que trabalha na região há 17 anos.
Assim como Simone, outros comerciantes também dizem sentir falta de um tratamento mais adequado para o Relógio de São Pedro. Eles esperam que com a reforma da praça o equipamento também seja beneficiado. “Tomara que o relógio volte a funcionar normalmente. Antes de ficar parado, sempre vinha um funcionário da prefeitura para dar corda, mas nunca mais ele apareceu. Isso já tem quase dois anos”, revela o vendedor ambulante Antônio Machado.
Apesar do tempo e descaso, o Relógio de São Pedro ainda tem sua importância e é utilizado, inclusive, como ponto de referência e de encontro para muitos baianos. “Sempre que eu preciso encontrar alguém na Av. Sete, eu marco aqui no Relógio porque fica mais fácil”, conta a recepcionista Ana Paula Cordeiro, que também sente pelo abandono do equipamento.
Com quatro lados, o Relógio de São Pedro foi instalado no governo de Ferrão Muniz, em 15 de novembro de 1916. O monumento, importado da França, é integrado por uma escultura de ferro fundido do arquiteto Pasquale De Chirico, e o relógio criado por Henry Le Paute.
Fonte - Tribuna da Bahia 11/03/2014
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