sábado, 2 de novembro de 2013

MOBILIDADE e o círculo vicioso

Mobilidade


A.Luis
É impressionante como uma certa parte dos ditos"especialistas" tem a capacidade de andar em círculos nas suas costumeiras pregações em questões da Mobilidade,criando sempre algum jeitinho para preservar de maneira indireta, camuflada ou sutil, o uso do transporte individual e sobre pneus,o automóvel.Sempre pregando a construção de mais vias,mais viadutos,cobertura de córregos e rios urbanos,destruição de áreas verdes em áreas de canteiros centrais,aumentando as áreas de impermeabilização do solo,o pedágio urbano,os rodízios e etc,como se fossem uma grande e inevitável solução.Tudo isso certamente para resguardar e manter os "automóveis" de alguma maneira circulando nos centro urbanos e dar "privilégios" para o setor de transporte rodoviário,com um alto custo para o setor público e para a cidade,ainda que os benefícios tanto para a cidade como para a sua população, usuária do sistema, sejam inteiramente pífios.O pedágio urbano  na verdade não passa de uma medida restritiva,seletiva e excludente,no momento em que se impõe a cobrança de uma taxa cara para circulação de automóveis nos centros urbanos,cria-se na verdade um filtro sócio econômico,exclui-se e retira-se apenas aqueles que não tem a capacidade financeira de arcar com tais custos e não podem se dar ao luxo de pagar pelo direito de trafegar com mais liberdade sem ter que dividir espaço com os "incômodos populares",(classe média pra baixo),ou seja,os proprietários menos abastados,esse privilégio sera apenas concedido para os donos dos carrões de luxo,os SUVs e importados etc,para os integrantes da classe média alta, que poderão continuar circulando mais tranquilamente nesses locais,pois para eles pagar por um pedágio caro não implicara em nenhuma dificuldade de ordem financeira,e não representara um ônus significativo pela comodidade,pela facilidade e o privilégio que desfrutarão de poder continuar trafegando livremente nessas áreas "segregadas".O rodizio de carros também é uma solução "capenga" que visa apenas facilitar a circulação dos automóveis de modo geral em dias alternados,sendo que no dia da restrição dos veículos com as placas pares,aumenta a circulação dos veículos com as placas impares,e vice e versa,trocam-se números mais os problemas persistem.A solução mais lógica e mais correta é a democratização do transporte público,das ações e projetos direcionados a equacionar os graves problemas da Mobilidade nas grandes e médias cidades.Ao invés de pedágios excludentes e dos rodízios ineficazes,se implantar de maneira democrática a proibição total da circulação,para todos,do transporte individual nas áreas urbanas centrais dessas cidades nos horários entre as 7:00 h, e as 21:00 h, investindo na melhoria e modernização do transporte público com a implantação de sistemas de maior capacidade circulando nos grandes centros,com mais conforto,com mais segurança, menos poluentes e mais eficazes, os VLTs,com integração física e tarifária,"bilhete único", com os subsistemas alimentadores, complementares e sistemas troncais de transportes de massa.O alargamento,a requalificação do piso, a implantação de sinalização sonora, tátil e vertical das calçadas existentes,melhorando a circulação e a acessibilidade para todos os pedestres que fazem uso das mesmas até para suas viagens a pé, favorecendo desse modo também de maneira direta o comercio local com um impacto positivo e relevante.Nesse contexto as bicicletas circulariam livremente sem a necessidade de ciclovias, compartilhando o mesmo espaço com os VLTs,observando a sinalização existente e o sentido do fluxo do tráfico obrigatório.Apenas seria permitido nesse horário a circulação de veículos de "serviços" e moradores do local credenciados e autorizados (com prévia limitação de velocidade).Enquanto os tais "especialista" insistirem em andar em círculos,em volta dos pneus,a "Mobilidade" permanecerá caótica,neurótica e sem solução.Não podemos esquecer que uma das questões preponderantes e mais relevantes para a Mobilidade Urbana,é o conceito "democrático" que deve fazer parte e pautar todos os projetos a ela destinados,nunca esquecendo o conceito básico que as "CIDADES SÃO PARA PESSOAS".
Pregopontocom

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