quinta-feira, 16 de agosto de 2012

BRT.É o barato que sai caro. (O BRTrem do Rio)

‘Solução é temporária’

Mal “nasceu” e o primeiro corredor exclusivo de ônibus no Rio - o BRT Transoeste - já transporta os passageiros apertados e sem conforto. Para o engenheiro Luiz Antônio Cosenza, membro da divisão técnica de transportes do Clube de Engenharia, o BRT é uma solução temporária para o transporte público da zona oeste.
Foto: É o barato que sai caro. 

‘Solução é temporária’

Mal “nasceu” e o primeiro corredor exclusivo de ônibus no Rio - o BRT Transoeste - já transporta os passageiros apertados e sem conforto. Para o engenheiro Luiz Antônio Cosenza, membro da divisão técnica de transportes do Clube de Engenharia, o BRT é uma solução temporária para o transporte público da zona oeste. 
“Essa é uma solução imediata, mais barata, para poder inaugurar até a
Copa do Mundo, mas depois disso precisa ser revista. Em alguns anos não
conseguirá atender à demanda futura. Trocar os ônibus articulados por
biarticulados pode ajudar”, afirmou. Segundo Cosenza, o BRT só será viável enquanto a demanda não ultrapassar 15 mil passageiros por hora no mesmo sentido: “De 15 a 25 mil, teria que ser o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e, acima disso, só o metrô resolve”. 

Durante os horários de pico o sistema está transportando 10 mil pessoas.
Na sexta-feira foi registrado um total de 26.841 passageiros e, no sábado, de
15.718 usuários.

“Essa é uma solução imediata, mais barata, para poder inaugurar até a 
Copa do Mundo, mas depois disso precisa ser revista. Em alguns anos não
conseguirá atender à demanda futura. Trocar os ônibus articulados por
biarticulados pode ajudar”, afirmou. Segundo Cosenza, o BRT só será viável enquanto a demanda não ultrapassar 15 mil passageiros por hora no mesmo sentido: “De 15 a 25 mil, teria que ser o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e, acima disso, só o metrô resolve”.
Durante os horários de pico o sistema está transportando 10 mil pessoas.
Na sexta-feira foi registrado um total de 26.841 passageiros e, no sábado, de
15.718 usuários.

Fonte -  Metro Rio News 


"Fernando Molica: Um trem para o lugar do 'BRTrem'

Rio - O prefeito Eduardo Paes bem que procurou batizar o sistema de ônibus expressos da Transoeste. Tentou emplacar o nome ‘Ligeirão’, adaptação do ‘Ligeirinho’ de Curitiba, mas bastaram alguns dias para que a população, imbatível no quesito criatividade, recorresse ao nome original — BRT, abreviatura de Bus Rapid Transit — para inventar o termo ‘BRTrem’, maldade que, ao remeter à SuperVia, traduz o aperto enfrentado pelos passageiros. Apesar de proporcionar viagens mais rápidas que os ônibus tradicionais, o sistema, nesse seu início, demonstra não ser a panaceia para o complicado deslocamento numa cidade que tem mais de 70 quilômetros de uma ponta a outra.
O problema é que a prefeitura insistiu em algo condenado por todos os especialistas — o uso de ônibus para o transporte de massa. É até lugar-comum ressaltar que deslocamentos de muita gente por dezenas de quilômetros devem ser feitos sobre trilhos; os trens levam mais passageiros e têm a vantagem adicional de não soltar fumaça. Os ônibus do BRT são maiores e mais bonitos que os convencionais, mas não deixam de ser ônibus, incapazes de absorver a demanda gigantesca de uma cidade com o Rio. Mesmo assim, a prefeitura quer levá-los para a Transcarioca e a Transolímpica. Claro que o BRT da Transoeste deverá ser melhorado, sua implantação acabou de acontecer, há condições de torná-lo mais eficiente. Mas essas melhorias têm um limite: em 2016, o sistema deverá chegar ao Jardim Oceânico, na Barra, onde é prevista uma conexão com o metrô. É fácil imaginar o que acontecerá quando passageiros saídos de seis vagões correrem para embarcar num ônibus, por melhor e maior que seja.
Em três anos e meio de mandato, Eduardo Paes tem o grande mérito de ter desencavado projetos quase lendários, como o aterro sanitário e a revitalização da região portuária. As vias expressas também são pontos positivos, mas a opção pelo ônibus deveria ser revista. O mais difícil — abrir túneis, viabilizar a construção do leito dos corredores — já foi feito. Paes poderia transformar em limonada o limão expresso no irônico apelido ‘BRTrem’ — isto, se implantar naquelas vias um sistema de transporte sobre trilhos, como o VLT que seu próprio governo quer colocar no Centro. Sairia mais caro, mas além de trazer mais benefícios para a população, geraria, no prefeito, o orgulho de ter reabilitado o uso da palavra trem entre nós.

Fernando Molica é jornalista e escritor | E-mail: fernando.molica@odianet.com.br"
Enviado por :  Edinillson Pereira 15/08/2012

Um comentário:

  1. pena que esse assunto não é de interesse de boa parte da população!

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