A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) subiu, neste domingo (8), o preço da passagem de R$ 4 para R$ 4,25. Esse é o sexto aumento da tarifa em menos de um ano. Em janeiro do ano passado o usuário do metrô desembolsava R$ 1,80 na passagem.
O Tempo
foto- ilustração/arquivo |
Esse seria o último aumento da tarifa previsto no cronograma divulgado pela CBTU. O primeiro reajuste foi em maio de 2019, quando a passagem passou a custar R$ 2,40. Os aumentos foram escalonados desde então em cerca de R$ 0,50 a cada dois meses.
Na Estação Eldorado, em Contagem, na região metropolitana, usuários se revoltaram com valor da tarifa. A diarista Fátima Maria Lauder, 64, vai desembolsar R$ 18,30 todos os dias para ir e voltar, calculando a passagem do ônibus complementar. "O que eu fico me perguntando é para onde esse dinheiro está indo? Nós não temos segurança, somos assaltados aqui dentro, não tem banheiro, os vagões superlotados. Não ligaria de pagar R$ 10, desde que tivesse retorno. Estão cobrando tarifa de primeiro mundo, mas não temos a contrapartida de um serviço de primeiro mundo", afirmou.
O analista de sistemas Ricardo César da Silva, 30, por sua vez, concorda com o aumento. "Eu acho que é justo, pelo serviço que é oferecido. Vale a pena, sim, pela agilidade e rapidez no transporte. Pelo o que eu vejo, pelo o pouco que pego o metrô, eu vi que trocaram os trens. Mas temos que aguardar um pouquinho para verificar se realmente vai ter o retorno e, caso não tenha, cobrar do pessoal responsável", disse.
A reportagem questionou a CBTU sobre as possíveis melhorias que possam ter sido feitas no último ano e sobre a possibilidade de novos reajustes e aguarda o retorno da companhia.
Em nota, a instituição já havia afirmado que a decisão do reajuste partiu da 15ª Vara da Justiça Federal em Minas, que considerou que a recomposição da tarifa é essencial para subsidiar o equilíbrio financeiro entre o custo operacional dos sistemas e o preço pago pelo usuário do metrô. "A Companhia é uma estatal federal dependente e, como tal, não apresenta nenhum lucro. O reequilíbrio tarifário começou a ser aplicado, em maio de 2019, depois de 13 anos sem reajustes nas tarifas em Belo Horizonte, 15 anos em Natal, Maceió e João Pessoa e sete anos em Recife, o que resultou em elevada defasagem no custo de manutenção dos sistemas", disse a nota.
Fonte - Revista Ferroviária 10/03/2020
Link da Matéria -
http://www.revistaferroviaria.com.br/detalhe-noticias.asp?InCdEditoria=2&InCdMateria=31579
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