O projeto é uma parceria entre o Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), junto ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, e a Roscosmos, a agência espacial da Rússia, que financiou o projeto, cujo custo foi de R$10 milhões. O novo telescópio é fruto de um convênio de cooperação científica dentro do acordo dos BRICs, assinado em 2016, e é o primeiro telescópio da Roscosmos no hemisfério sul.
Sputnik
Ministério da Ciência, Tecnologia Inovações e Comunicações (MCTIC) |
O projeto é uma parceria entre o Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), junto ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, e a Roscosmos, a agência espacial da Rússia, que financiou o projeto, cujo custo foi de R$10 milhões. O novo telescópio é fruto de um convênio de cooperação científica dentro do acordo dos BRICs, assinado em 2016, e é o primeiro telescópio da Roscosmos no hemisfério sul.
A instalação do telescópio faz parte do projeto da Agência Espacial Russa intitulado Panoramic Electro-Opical System for Space Debris Detection (PanEOS), que prevê a construção e operação de uma rede de instalações desse tipo de telescópio na Rússia e em vários outros pontos do planeta para ampliar o mapeamento da órbita terrestre e o monitoramento do lixo espacial.
A agência Sputnik Brasil conversou com o diretor do LNA, Bruno Castilho, que explicou a importância prática e teórica dessa parceria.
"A importância prática para o Brasil é o fato do acordo que já existe, entre a Agência Espacial da Rússia e a Agência Espacial Brasileira, para construção de satélites e utilização pacífica do espaço ser ainda mais reforçado. Quando o Brasil for lançar um satélite novo vai poder ter acesso aos dados do mapa de detritos espaciais feito pela Roscosmos, colocado assim o seu satélite em uma órbita mais segura e protendo um investimento brasileiro. Além disso, os pesquisadores da área de astronomia no Brasil vão poder usar todos os dados obtidos por este telescópio para pesquisarem supernovas, estrelas variáveis, asteroides, bem como para outras atividades científicas, reutilizando assim esses dados e dando mais utilidades para eles", explicou o especialista.
"Um aspecto muito importante desse projeto é o fato de abrir portas para novos projetos de desenvolvimento de tecnologia em parceria. O Brasil e a Rússia são dois países que possuem muitas possibilidades de cooperação, mas têm aproveitado muito pouco por motivos de distanciamento. Existem várias cooperações em andamento, mas de pesquisador para pesquisador. No nível institucional ou de ministérios tem muito ainda a ser feito nessa área de cooperação Brasil-Rússia. Esse projeto está demonstrando que esses dois países têm muito a contribuir e que isso pode ser feito. Em apenas um ano, desde a assinatura do acordo, que foi no dia 7 de abril de 2016, o projeto foi executado e está pronto para operar este mês. É um sucesso de desenvolvimento. Em apenas um ano, o projeto saiu do papel para o funcionamento", destacou o Bruno Castilho.
Segundo o diretor do LNA, o projeto ainda possui um significado especial, pois foi feito no âmbito da cooperação entre os BRICs.
"Existe a importância do projeto em si, bem como a importância de estar dentro desse acordo dos BRICs. O Brasil tem investido nessa cooperação com esses países. São países que têm muito a contribuir um com outro. E esse acordo com a Rússia é um exemplo de sucesso bilateral. A próxima reunião do Grupo de Astronomia dos BRICs será na Índia, e esse projeto será comunicado ao grupo, durante a reunião, como um projeto já concluído", comemorou o interlocutor da agência Sputnik Brasil.
Fonte - Sputnik 05/04/2017
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