"Se isso é possível, Brasil tem que decidir", afirma economista da instituição.Segundo ele, ao sugerir crescimento do programa, o Banco Mundial faz seu papel de "advogar pelos pobres".Caso não haja o aumento indicado pelo relatório do Banco Mundial, a proporção de brasileiros em situação de extrema pobreza pode pular dos 3,5% de 2015 para 4,2% em 2017.
Diário de Pernambuco
foto - ilustração/WEB |
De acordo com o estudo, que foi publicado em fevereiro, para garantir esse aumento o investimento no programa para 2017 deve passar para R$ 30,4 bilhões (ano passado foi de R$ 28 bilhões). A previsão do governo é que o total chegue este ano a R$ 29,3 bilhões.
Caso não haja o aumento indicado pelo relatório do Banco Mundial, a proporção de brasileiros em situação de extrema pobreza pode pular dos 3,5% de 2015 para 4,2% em 2017. O Banco considera em "extrema pobreza" todos aqueles que têm renda per capita inferior a R$ 70. Uma eventual ampliação do programa levaria o índice dos que estão nesta faixa para 3,5%.
Haveria impacto também para os brasileiros em situação de pobreza (renda per capita de R$ 170). Nesta área, a proporção subiria de 8,7% para 9,8%, no caso de não haver aumento do orçamento para o Bolsa Família.
"Até agora, o Bolsa Família foi considerado um programa de redistribuição, mas ele também pode ser uma rede de segurança no sentido de dar dinheiro para pessoas que precisam. E, quando a economia melhorar, essas pessoas não precisarão continuar sendo beneficiárias", disse Skoufias.
Mais de 28 milhões de brasileiros deixaram a linha abaixo da pobreza entre 2004 e 2014, segundo o estudo do Banco Mundial.
Fonte - Diário de Pernambuco 12/03/2017
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