Apesar da incerteza causada pelo resultado da eleição americana, a COP22 viu uma série de manifestações importantes dos países de que seguirão adiante com a implementação. Compromissos foram reafirmados e novos compromissos foram feitos – como o anúncio do Fórum dos Países Vulneráveis, nesta sexta-feira, de que aumentarão a ambição de suas metas nacionais antes de 2020. Países começaram a apresentar seus planos de descarbonização para 2050.
Revista Amazônia
Apesar da incerteza causada pelo resultado da eleição americana, a COP22 viu uma série de manifestações importantes dos países de que seguirão adiante com a implementação. Compromissos foram reafirmados e novos compromissos foram feitos – como o anúncio do Fórum dos Países Vulneráveis, nesta sexta-feira, de que aumentarão a ambição de suas metas nacionais antes de 2020. Países começaram a apresentar seus planos de descarbonização para 2050.
O Brasil afirmou pela primeira vez nas negociações sua posição em favor de buscar o objetivo mais ambicioso do acordo, a de estabilizar o aquecimento global em 1,5 oC, convidando os outros países a demonstrar empenho “inequívoco” em atingi-lo. Em casa, o presidente Michel Temer vetou o absurdo do estímulo ao carvão mineral, e o governo prometeu para o fim deste ano a apresentação do primeiro rascunho do plano de implementação da NDC.
Porém, as declarações desastradas do ministro da Agricultura em Marrakesh indicam ainda que parte do governo não se deu conta de que os compromissos do Brasil junto ao Acordo de Paris passaram a ser obrigatórios no momento em que o Presidente entregou a carta de ratificação ao Secretário-Geral das Nações Unidas.
A lição de Marrakesh é que, cada vez mais, o debate climático se afasta das salas fechadas de negociação das conferências internacionais e se instala no mundo real – nas empresas, na sociedade civil, muito além dos governos. Em Marrakesh, as COPs podem ter começado a sair da ribalta para dar lugar à ação. Insh’allah.
Fonte - Revista Amazônia 19/11/2016
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