Segundo Beatriz Lima, os pontos foram divididos em 5 lotes e o 3º será o ponto de partida da obra.O projeto, com investimento de R$ 123 milhões - financiados pela Caixa Econômica Federal - prevê a requalificação da infraestrutura urbana em cerca de 200 ruas da região.
Jessica Sandes - A Tarde
Erik Salles | Ag. A TARDE |
O projeto, com investimento de R$ 123 milhões - financiados pela Caixa Econômica Federal - prevê a requalificação da infraestrutura urbana em cerca de 200 ruas da região.
Em 11 bairros serão implantadas novas calçadas em concreto lavado; rampas com acesso para portadores de necessidades especiais; piso tátil direcional e de alerta. Além disso, haverá 13 km de ciclofaixa e 73 km de nova pavimentação, parte em asfalto (48 km) e outra em paralelepípedo reaproveitado (25 km) - detalhes ao lado.
As localidades foram divididas em cinco lotes. O terceiro será o ponto de partida da requalificação. Os largos da Saúde e da Glória; a rua da Glória; a travessa da Glória e a ladeira da Saúde serão as primeiras vias contempladas. O prazo para a finalização de todos os lotes é de dois anos. O início das obras nas outras áreas ainda não tem data definida.
O órgão municipal informa que os projetos de lotes 1, 2 e 5 estão em processo de licenciamento, sendo avaliados por técnicos da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) e da Secretaria de Infraestrutura e Defesa Civil (Sindec). Já a liberação de alvará do lote 4 ainda não foi solicitada, divulgou a Sucom.
"Pretendemos tornar o Centro Histórico acessível para todos. Buscamos a valorização desta área", destaca Beatriz Lima.
Mudanças
O Dircas estima que aproximadamente 77 mil moradores serão beneficiados com as mudanças. O comerciante Moisés Santos, 37, que mora no bairro da Saúde, acredita que as intervenções vão auxiliar na organização do local. "O Centro Histórico realmente precisa de atenção e cuidado", reitera.
Morador do Santo Antônio Além do Carmo, o marchand Dimitri Ganzelevitch se diz preocupado com o plano. Ele defende que a falta de participação da população dos bairros contemplados no planejamento do projeto pode trazer transtornos a quem vive na região.
"Eu não entendo como fazem um plano de revitalização sem diálogo com os moradores do local. Quem mora no lugar é que sabe o que ele precisa. Ninguém que conheço foi chamado para dar opinião. Os governantes querem dizer o que o povo precisa, e isso pode gerar mais problemas", diz.
Parte da área que será revitalizada é tombada pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A equipe de A TARDE tentou contato com o órgão, a fim de obter uma avaliação sobre o plano, mas foi informada de que a instituição "não pode fazer análise, pois ainda não tem conhecimento do projeto".
A Sucom informa que, para a liberação de alguns dos alvarás, será necessária a avaliação do Iphan, "visto que algumas obras contemplarão espaços protegidos".
Fonte - A Tarde 24/07/2015
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