sábado, 26 de julho de 2014

Moradores de Plataforma pedem segurança no terminal marítimo

Salvador

O serviço é mais rápido e tem tarifa mais barata que a dos ônibus - A situação tem preocupado moradores do subúrbio já que muitos utilizam o serviço como uma opção de transporte... 

TB
Foto: Romildo de Jesus
Vasos e pias dos banheiros foram roubados, paredes pichadas, telas de proteção danificadas, além de assaltos constantes. Esse é o cenário atual do Terminal Marítimo de Plataforma.
A situação tem preocupado moradores do subúrbio já que muitos utilizam o serviço como uma opção de transporte que além de mais rápido tem a tarifa mais barata que a dos ônibus.
O marinheiro Jonas Anunciação, que trabalha no terminal há cerca de três anos, disse que a situação piorou quando a empresa de segurança privada e a guarda municipal deixaram de fazer a segurança do local.
O marinheiro destacou que além dos atos de vandalismo que deixou o espaço em estado de degradação, o movimento de lanchas caiu drasticamente.
Antes, segundo Anunciação, o Terminal operava na travessia Plataforma Ribeira com duas lanchas de 30 em 30 minutos atualmente, apenas uma faz a travessia a cada 15 minutos.
O número de passageiros também reduziu de 1.500 pessoas para 600. O terminal atende a população dos bairros de Plataforma, Lobato e Itacaranha e o custo da tarifa é R$1.
“Como não temos segurança fomos obrigados a diminuir o número de travessias para nossa proteção e dos usuários. Além disso, nosso salário está defasado há cerca de dois anos devido a queda do movimento.
O também marinheiro Carlos Pereira disse que já perdeu as contas dos assaltos no local tanto a moradores do bairro quanto a turistas que visitam o famoso bar Boca de Galinha, no bairro de Plataforma.
“Como muitos alunos, que estudam na Ribeira e bairros próximos, usam a lancha como transporte, acabam se tornando alvo dos ladrões que furtam geralmente celulares”, afirmou o marinheiro.
A falta de iluminação também tem deixado a população apreensiva.
O mestre de obras Paulo Roberto, morador do bairro há trinta anos, disse que a noite a violência aumenta e o medo toma conta da população. “Antes da saída dos seguranças, o Terminal funcionava até as 21h e podíamos transitar com tranquilidade. Os bandidos destruíram a fiação para facilitar os furtos e agora somos obrigados a ficar presos em nossas casas”, lamentou o morador.

Resposta da Prefeitura
Por meio de nota, a Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador (Transalvador) informa que a falta de segurança no local, principalmente em Plataforma, foi o principal motivo que levou à parada do serviço da Travessia Marítima Plataforma Ribeira.
No entanto, a Transalvador irá solicitar apoio junto à Polícia Militar e à Guarda Municipal para reforçar a segurança no local e, assim, garantir o retorno do serviço que atende a mais de 500 pessoas diariamente, o mais rápido possível.
Quanto ao número de funcionários, são seis marinheiros que trabalham em escala, em duas embarcações, transportando os passageiros, de domingo a domingo, de 6h às 20h. A travessia dura em cinco minutos e a passagem custa um real.

Fonte - Tribuna da Bahia 26/07/2014

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