A expectativa dos próximos cinco anos para o setor, segundo o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Promimp), é que sejam criados mais de 200 mil empregos no país. Ainda de acordo com a Promimp, somente no setor industrial serão 46 mil vagas até 2015.
Paula Morais e Kleyzer Seixas
Nelson Moreira vai concluir curso este ano e já tem convite para trabalhar na área Mila Cordeiro /Ag. A TARDE |
"Geralmente, os alunos de nível técnico assinam contrato com as empresas antes de o curso de capacitação terminar. Aqueles que não conseguem imediatamente são empregados durante um período de 45 dias", diz Jair Santiago, gerente da Unidade Senai-Cetind, de Lauro de Freitas.
A justificativa para a corrida pela contratação deve-se à falta de profissionais qualificados. Santiago explica que a escassez faz com que as empresas do ramo criem estratégias para driblar o desafio. "Essas empresas se tornam parceiras de cursos profissionalizantes para garantir o preenchimento dessas vagas", explica.
A expectativa dos próximos cinco anos para o setor, segundo o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Promimp), é que sejam criados mais de 200 mil empregos no país. Ainda de acordo com a Promimp, somente no setor industrial serão 46 mil vagas até 2015.
No entanto, cursos de formação não são os únicos requisitos. Outras habilidades são esperadas pelo mercado, como pontua Eduardo Bastos, secretário-executivo da rede Petro Bahia: "É uma área que exige uma língua estrangeira, já que há pessoas de diferentes lugares. O profissional também deve ter um aprimoramento constante, uma vez que a tecnologia e a aparelhagem do setor evoluem rapidamente".
Salários acima da média - A falta de mão de obra qualificada também impulsiona altos salários. Os ganhos variam de acordo com o nível de capacitação. "Um profissional iniciante tem remuneração de R$ 1.200, enquanto aqueles com nível técnico recebem R$ 2.500", diz Bastos.
Para quem já está inserido no mercado e anseia crescer, Santiago indica um curso superior. "O salário de um profissional graduado é três vezes maior do que um de nível técnico". Em alguns casos, chega a superar R$ 10 mil.
A graduação de Nelson Moreira, 33, foi na área de educação física. No entanto, o interesse pelo setor de petróleo e gás veio a partir da influência do irmão engenheiro.
Moreira entrou na terceira turma do curso de aprendizagem industrial oferecido pelo Senai, em 2012. A previsão de conclusão é para este ano e o profissional já foi chamado para atuar em uma empresa no Mato Grosso. "Antes de aceitar, quero me especializar como projetista e tenho vontade de atuar na área de perfuração", fala.
Por sua vez, Ana Paula Portugal, 24, não pensou duas vezes antes de aceitar a proposta de emprego. Uma semana após concluir o curso de formação do programa Jovem Aprendiz, da Perbrás, ela foi exercer a função de plataformista em Catu.
O curso, realizado a cada dois anos, proporciona experiência a jovens que procuram o primeiro emprego. "Das 20 meninas que participaram, 15 estão empregadas", diz a coordenadora Lívia Lima.
Fonte - A Tarde 13/04/2014
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