“Quanto mais o mercado cresce, menos petróleo se exporta. Mas o Brasil, com esses dados, posiciona-se como produtor relevante e também exportador importante dentro do suprimento global de petróleo. É um fato à luz dos números, que não são só da Petrobras”, disse Graça Foster. Ela ressaltou que a empresa detém o monopólio do refino, mas que estuda parcerias com empresas chinesas.
Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
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“É. Sempre estaremos importando petróleo, porque produzimos, importamos e exportamos de acordo com [a capacidade das] nossas refinarias. Então, é isso: existe uma autossuficiência líquida entre o que se importa e se exporta”, acrescentou Graça. A partir de 2020, pode até sobrar excedente do refino, mas isso dependerá o crescimento do consumo do brasileiro, acrescento a presidenta da Petrobras.
A exportação de combustível tem gerado impacto sobre o caixa da estatal. Nos últimos anos, a empresa não repassou a diferença de preços do diesel e da gasolina importados e acabou subsidiando os combustíveis no mercado interno. A situação começa a se inverter no ano passado, com aumento da produção nacional e a correção dos preços nas bombas, autorizados pelo governo.
De acordo com balanço apresentado hoje, a Petrobras espera produzir 3,7 milhões de barris de petróleo por dia entre 2020 e 2030, em média, em comparação com os 2,9 milhões barris atuais. A partir de 2020, a companhia estima que a demanda média por derivados, como diesel e gasolina, fique em torno de 3,4 milhões de barris por dia, com crescimento de 2,3% ao ano.
“Quanto mais o mercado cresce, menos petróleo se exporta. Mas o Brasil, com esses dados, posiciona-se como produtor relevante e também exportador importante dentro do suprimento global de petróleo. É um fato à luz dos números, que não são só da Petrobras”, disse Graça Foster. Ela ressaltou que a empresa detém o monopólio do refino, mas que estuda parcerias com empresas chinesas.
Na apresentação, Graça comunicou que teve sucesso em 75% das ações de exploração e disse acreditar que está acima da média mundial. Nos poços do pré-sal, por exemplo, Graça foi categórica ao afirmar que o sucesso foi de “100%” no ano passado. Das 24 descobertas da companhia nos últimos 14 meses em áreas marítimas, 14 estão no pré-sal, entre São Paulo e Sergipe.
Quanto às operações fora do país, a presidenta da Petrobras disse que manterá o foco em exploração e produção, principalmente na Argentina, onde espera aumentar o contingente de trabalho. Para os próximos anos, não está mais prevista a venda de ativos da companhia.
Fonte - Agência Brasil 26/02/2014
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