sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

A grande conspiração para eliminar os bondes elétricos nos EUA

Bondes dos EUA

Nos anos 30, vários gigantes industriais compraram juntos todas as empresas de vagões menores em pequenas cidades e vilas da América e desmantelaram a infraestrutura, forçando os americanos a recorrerem à indústria automobilística, segundo o livro !When Smoke Ran Like Wather”, de Devra Davis. Depois que eles cuidaram das cidades menores, eles tinham planos de expandir para as cidades maiores, como Los Angeles.

Paul Darin
Epoch Times

Enquanto acelera a demanda por carros elétricos – como o Chevy Volt e o Nissan Leaf –, e com as pressões sociais e políticas em torno de economia de combustível e emissões de carbono, é hora de olhar para trás, para a grande infraestrutura elétrica que a América já teve.
Após a I Guerra Mundial e antes do boom da indústria automobilística, a América tinha um poderoso e amplo sistema de transporte público de bondes elétricos – a quinta maior indústria do país na época – que empregava mais de 100 mil trabalhadores e operava em praticamente todas as grandes cidades do país.
Esses carros sobre trilhos eram totalmente elétricos, e a energia era fornecida para eles por meio de um cabo suspenso. Eles produziram emissões zero além das emissões criadas na produção de energia elétrica na usina.
Mas, devido a uma verdadeira conspiração industrial, essas linhas de trem foram sistematicamente dissolvidas por gigantes corporativos, a fim de abastecer a demanda dos consumidores de automóveis.
No início de 1920, cerca de 9 em cada 10 viagens eram feitas por bonde elétrico. Naquela época, os automóveis eram um luxo – mais um passeio recreativo de domingo do que uma necessidade de transporte. O gigante automobilístico General Motors (GM) precisava de alguma forma tornar os carros mais atraentes para o cidadão comum, e depois de vários anos perdendo dinheiro, eles tiveram uma ideia.
Nos anos 30, vários gigantes industriais compraram juntos todas as empresas de vagões menores em pequenas cidades e vilas da América e desmantelaram a infraestrutura, forçando os americanos a recorrerem à indústria automobilística, segundo o livro !When Smoke Ran Like Wather”, de Devra Davis. Depois que eles cuidaram das cidades menores, eles tinham planos de expandir para as cidades maiores, como Los Angeles.
Em 1922, Alfred P. Sloan Jr. da GM foi encarregado da tarefa especial de suplantar os bondes e outros sistemas de transporte ferroviário elétrico do país. Em seu relatório de 1974 para o Senado dos EUA, ele afirmou que, nos anos 30, a GM – juntamente com Goodyear Tires, Firestone Tire & Rubber, Standard Oil , Phillips Petroleum, Mack Trucks e outros – criou falsas empresas ferroviárias, comprou as verdadeiras e eliminou a competição.
Em 1947, a administração Truman entrou com uma acusação de conspiração pela violação da Lei Sherman Antitruste de 1890 – o primeiro ato do Congresso para proibir monopólios abusivos – e as corporações foram indiciadas por um júri da Califórnia. Em 1949, a GM e outros nove réus corporativos foram multados em US$ 5 mil.
Nos anos 50, a maioria da infraestrutura ferroviária elétrica da América havia sido destruída. Entre 1950 e 1970, a quantidade de veículos no sul da Califórnia triplicou, enquanto a população duplicou e os quilômetros de estradas construídas aumentaram em 50%, segundo Davis. Tais estatísticas eram típicas por todo os Estados Unidos.
Apesar de infraestrutura de hoje e da demanda por veículos com baixas emissões, o bonde elétrico pode ser uma alternativa que nunca voltará aos trilhos.
Fonte - São Paulo Trem Jeito  28/02/2014

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