G1 MT
foto - ilustração |
Licitado por mais de R$ 1,4 bilhão, o VLT é a intervenção urbana mais cara já realizada pelo estado. O trem movido a energia elétrica foi planejado para substituir o transporte coletivo convencional no canteiro central das artérias da região metropolitana.
Devem ser construídos 22 quilômetros de trilhos em dois grandes eixos cortando a região, mas o próprio governo já informou que está em análise uma reformulação do cronograma de obras.
Segundo o governador, a partir de fevereiro os primeiros testes do metrô de superfície deverão ser feitos sobre os 10 quilômetros de trilhos atualmente em instalação no local que deverá funcionar como centro de controle e operação, logo ao lado do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande.
Somente após os testes dentro da área da futura central que os vagões deverão ser instalados sobre os trilhos na área urbana.
A Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) inclusive já informou que os testes externos deverão ser feitos no primeiro 1,5 km de via permanente, na Avenida João Ponce de Arruda que dá acesso ao Aeroporto e que leva ao centro de controle. O trecho ainda se encontra em obras.
Enquanto isso, o governo deve iniciar a discussão sobre o modelo de gestão do VLT. Em discurso na noite desta quarta-feira, o governador Silval Barbosa enfatizou que é uma necessidade urgente definir o modelo de operação.
Mais tarde, ele explicou que está em andamento um estudo que deverá apontar a melhor forma de concessão do novo sistema de transporte, que deverá ser interligado às rotas de ônibus do transporte coletivo convencional.
Viaduto do VLT
O governador aproveitou para fazer o anúncio dos testes no momento em que inaugurava a primeira obra do conjunto de intervenções previstas no pacote do VLT. O viaduto “Clóvis Roberto” (em homenagem ao radialista e jornalista morto em 2010) tem 428 metros de extensão na Avenida Fernando Corrêa da Costa e foi projetado para promover a passagem do trem, numa via permanente e central, e para agilizar o fluxo de veículos nas proximidades da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), com duas pistas de rolamento adjacentes em ambos os sentidos.
A obra, entretanto, foi entregue inacabada. A parte inferior da estrutura (com pistas marginais e uma rotatória) por enquanto não está disponível para tráfego porque está sendo executada junto às obras da Avenida Parque do Barbado, que deverá promover novo acesso à UFMT e à Avenida Archimedes Pereira Lima, a Estrada do Moinho.
Por já se encontrar pronta a parte superior do elevado, o governador declarou que “não é justo segurarmos essa obra” e resolveu entregá-la para tráfego de veículos. Segundo o titular da Secopa, Maurício Guimarães, cerca de 7 mil veículos por hora devem passar pelas pistas do elevado nos horários de pico.
O viaduto também se encontra num eixo do projeto do VLT que pode não ser finalizado para a Copa de 2014, o eixo Centro-Coxipó, de 7 km de extensão. Devido às dificuldades com as remoções de interferências e desapropriações, os trabalhos atrasaram – como já atestaram relatórios do Tribunal de Contas do Estado (TCE) – e até o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, chegou a admitir a impossibilidade de entrega no prazo, recomendando ao governo dar prioridade ao eixo CPA – Aeroporto, de 15 km.
Fonte - Revista Ferroviária 12/12/2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pela sua visita, ajude-nos na divulgação desse Blog
Cidadania não é só um estado de direito é também um estado de espírito