Concentrar parte do debate em tentar desqualificar o sistema,sempre presos numa discussão "saudosista",comparando pneus de borrachas com rodeiros de ferro,ou trilhos de ferro com um trilho central de concreto é inócua,independentemente do pneu de borracha ou do rodeiro de ferro, o Monotrilho queiram ou não é um veículo "ferroviário".A pergunta é..... o que interessa isso para a população do subúrbio,que diferença fará isso?.....se a roda do trem é de ferro ou de borracha?....São questões técnicas subjetivas fora do alcance da população.
Luis Prego Brasileiro
Salvador Sobre Trilhos
foto - ilustração/arquivo |
Muitos debatedores, pretensiosamente,criticam um sistema do qual não tem o mínimo conhecimento técnico sobre o assunto e sem ter sequer,experimentado pelo menos uma única vez a oportunidade de andar,ou mesmo conhecer de perto um sistema de Monotrilho.
A insistência em concentrar parte do debate para tentar desqualificar o sistema,sempre presos numa discussão "saudosista",comparando pneus de borrachas com rodeiros de ferro,ou trilhos de ferro com um trilho central de concreto é inócua,independentemente do pneu de borracha ou do rodeiro de ferro, o Monotrilho queiram ou não é um veículo "ferroviário".A pergunta é..... o que interessa isso para a população do subúrbio,que diferença fará isso?.....se a roda do trem é de ferro ou de borracha?....São questões técnicas subjetivas fora do alcance da população.
O que importa na verdade é que seja um sistema de qualidade,seguro,confortável,rápido,confiável com boa frequência (trens com intervalos de tempo -headway- curto) chegando a 3 minutos nos horários de pico,a certeza de que não ficará mofando numa estação de trem ou num ponto de ônibus de beira de rua,a espera do próximo trem ou ônibus para o embarque,um sistema integrado assim como no Metrô com bilhete único,conectados aos sistemas de ônibus urbano,metropolitano e complementar,além da redução expressiva do tempo de viagem,isso é o que realmente importa.Essa é a questão principal, mais relevante e mais importante.
De repente,nos debates, dividiram o subúrbio em duas partes,o Subúrbio Ferroviário,das 6 mil pessoas, ida e volta = 12 mil,que pagam R$0,50, e que com monotrilho passariam a pagar uma tarifa maior,(supostamente R$4,00) embora integrada,e o Subúrbio "Buzoviário" do restante das 584 mil pessoas que já pagam R$4,20 para andar num sistema de transportes por ônibus,ruim,arcaico,deficitário,inseguro,sem conforto,com horários desregulados,expostos a assaltos,acidentes,panes nos veículos e os costumeiros engarrafamentos,com viagens longas, massacrantes e demoradas.Quanto a essa população de 584 mil do Subúrbio "Busoviário" nada se fala,muito pouco ou quase nunca são lembrados na maioria dos debates.
Claro que não se pode desprezar a população carente que ainda usa um sistema deficitário de trens obsoletos,que se quer vale os R$0,50 pagos pelos seus usuários,alternativas tem que ser estudas discutidas e implementadas para essa parte da população,para que possa também desfrutar do Monotrilho.Mais não se pode desprezar o grosso da população(584 mil) do subúrbio acrecida de uma parte da população da RMS que engrossara esse contingente após a implantação do novo sistema.
Discutir se o pneu do trem é de fero ou de borracha é perda de tempo,é inócuo.
Questiona-se a troca do VLT pelo Monotrilho e fala-se da tarifa do monotrilho que (ainda não definida) chegaria a R$4,00,mais ai cabe uma pergunta: e se fosse o VLT,também um sistema novo implantado, continuaria com a tarifa atual de R$0,50?....seria possível isso?,a tarifa do VLT não seria também reajustada?....porque sonegar esse fato?.
Todas as questões sociais em torno da implantação do Monotrilho tem e devem ser debatidas e bem ajustadas,nenhuma questão relativa a esse tema deve ser colocada a margem do debate entre a população do subúrbio, amplamente representada e não apenas por um pequeno grupo,e o poder público para que haja um consenso satisfatório e aceitável para ambos os lados.
Porem existe ainda uma questão social relevante que passa despercebida,para qual já estamos chamando atenção desde o início de todos os debates,a questão "pós monotrilho"."A especulação imobiliária predatória",que certamente se fará presente.Assim como já era esperado após a implantação da linha 2 do Metrô de Salvador,todo área a sua borda,principalmente na Av. Paralela foi alvo de uma grande valorização imobiliária,imóveis,terrenos,todos tiveram uma valorização muito rápida e acima da expectativa normal logo após a entrada em operação da linha 2 em todo seu percurso chegando até Lauro de Freitas e ao Aeroporto de Salvador. Logicamente isso também se repetira com a implantação do Monotrilho no Subúrbio Ferroviário e Buzoviário,todas as atenções do setor imobiliário e comercial se voltaram para lá,e é precioso que a população local esteja atenta e se empodere e se apodere do seu território,não caindo no chamado "canto da sereia" ,com ofertas aparentemente generosas que certamente aparecerão,cedendo a pressões da especulação imobiliária e comercial desfazendo-se dos seus imóveis e terrenos,iludidas, supondo estarem fazendo um bom negócio.O "BOM NEGÓCIO" é manterem-se no seu território e poder desfrutar dos benefícios que por décadas almejaram,é poder ter a oportunidade de concretizar a expectativa da sua melhoria da qualidade de vida.O que poderão esperar mudando-se para um novo local?,talvez a repetição de tudo pelo que já passaram no local anterior antes do Monotrilho chegar. O "BOM NEGÓCIO" é tronarem-se micro e médios empresários,empreendedores, nas áreas de gastronomia,hospedagem,cooperativas diversificadas,
(artesanatos,turismo,confecções,alimentação),a expansão e melhoria na qualidade e aprimoramento dos seus negócios já existentes em geral, com acompanhamento técnico de órgãos oficiais que oferecem serviços de aprimoramento e gestão,com geração de emprego e renda para toda a comunidade, beneficiada com a implantação do novo sistema.O Subúrbio ferroviário se tornará uma região próspera e promissora,e a sua população tem e deve ser a maior beneficiária desse movimento.Mais para isso,é preciso pensar e agir antecipadamente,olhando e preparando-se para um futuro bem próximo. O Monotrilho não é um problema, é uma solução,uma mudança,um evolução,um salto para o futuro.
- O monotrilho não será nenhum impedimento para a expansão do "sistema ferroviário de transportes de passageiros",para localidades da RMS e outras cidades do interior pois, claramente farão parte e estarão totalmente integrado a todo sistema.
Salvador Sobre Trilhos 27/06/2020
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