sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Audiência debate falhas no sistema de Metrô do Recife

Transportes sobre trilhos  🚇

Na reunião, presidida por Pedro Eurico, secretário da STDH, vários problemas recorrentes no sistema foram apresentados. Falta de segurança, sucateamento dos trens e roubos de cabos foram os principais temas. Outro ponto de cobrança na reunião foi a colisão entre dois trens, que ocorreu no dia 18 deste mês, na estação Ipiranga.Em sua defesa, o corpo jurídico do Metrô Recife ressaltou a falta de repasses financeiros do governo federal. 

Folhape
foto - ilustração/arquivo
O cenário atual do sistema de trens urbanos do Recife foi discutido na manhã desta quinta-feira (27), na Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (STDH), no Centro da capital pernambucana. Foram abordadas as falhas no serviço, que abrange Recife, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e Cabo de Santo Agostinho. O debate foi organizado pelo STDH e pelo Procon.
A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), responsável pela prestação do transporte ferroviário de pessoas, ressaltou a falta de repasse do governo federal para melhorias no sistema.
Na reunião, presidida por Pedro Eurico, secretário da STDH, vários problemas recorrentes no sistema foram apresentados. Falta de segurança, sucateamento dos trens e roubos de cabos foram os principais temas. Outro ponto de cobrança na reunião foi a colisão entre dois trens, que ocorreu no dia 18 deste mês, na estação Ipiranga.
Em sua defesa, o corpo jurídico do Metrô Recife ressaltou a falta de repasses financeiros do governo federal. Essa escassez de recursos leva o sistema metroviário a praticar o que eles chamam de 'canibalismo de trens', ou seja, a retirada de peças de alguns trens para que outros não deixem de operar.
A defesa afirmou que o sistema possui 40 trens, sendo que dos 25 antigos, 12 estão sem oferecer o serviço ao usuário e dos 15 novos trens que circulam na Linha Centro, quatro também estão sem operar. Walter Frederico Neukranz, advogado do Metrô Recife, salientou que a necessidade de recursos é imediata. "O metrô precisa, hoje, de aproximadamente de R$ 1 bilhão para sanar os problemas", contou.
Walter também falou de outros problemas que o sistema sofre. "São 36 toneladas de lixo retiradas todos os meses de locais indevidos, como nos trilhos". De acordo com o advogado, o usuário acaba quebrando elevadores e escadas rolantes, além de puxar as alavancas de emergência e descer indevidamente aos trilhos, correndo risco de choques elétricos ou ser atropelado.
O secretário Pedro Eurico deu ao Metrô do Recife um prazo de 10 dias úteis para respostas conclusivas aos problemas abordados na reunião. "Aqui vieram usuários, sindicatos, e todos reclamam de um serviço que precisa ser melhor prestado à população", afirmou o secretário. De acordo com ele, a competência da STDH se dá através do Procon devido à relação de consumo entre o usuário e Metrô - "O usuário é quem está sendo prejudicado", disse Pedro Eurico.
Pedro Eurico contou que a secretaria e o Procon traçarão um plano de segurança para as estações com foco na questão dos ambulantes e que a situação do metrô será levada ao Ministério da Infraestrutura, nome atual da antiga pasta Ministério dos Transportes.
O gerente de comunicação do Metrô, Salvino Gomes, ressaltou que a atual situação financeira do órgão impede melhorias nos trens. Salvino explicou que o sistema do Metrô do Recife sempre levantou as necessidades da companhia. "Aqui é o local oportuno para tirarmos as dúvidas da população. Lembrando que temos como premissa básica a segurança dos usuários, Infelizmente, nesta última década, sofremos um contingenciamento. O metrô não vive das tarifas pagas e, sim, da Lei Orçamentária Anual. São recursos insuficientes", finaliza o gerente de comunicação.
Fonte - Revista Ferroviária  28/02/2020

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