sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Estudantes da UFPA desenvolvem barco movido a energia solar para ribeirinhos

Ciência & Tecnologia  🚤

O protótipo foi feito com um barquinho pequeno de fibra de vidro e nele os estudantes instalaram quatro placas solares, três baterias e um controlador de carga. Com as fortes temperaturas do Pará, eles já conseguiram colocar o barco para navegar sem precisar de combustível fóssil.

Revista Amazônia  
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A ideia é simplesmente fantástica e deve ajudar bastante as comunidades ribeirinhas. Para se deslocar nas cidades do estado do Pará, grande parte da população utiliza barcos, por causa dos rios.
Foi então que estudantes da UFPA (Universidade Federal do Pará) pensaram: por que não desenvolver um barco movido a energia solar? Bem, eles estão conseguindo.
O protótipo foi feito com um barquinho pequeno de fibra de vidro e nele os estudantes instalaram quatro placas solares, três baterias e um controlador de carga. Com as fortes temperaturas do Pará, eles já conseguiram colocar o barco para navegar sem precisar de combustível fóssil.
O melhor de tudo isso é a possibilidade de ajudar as pessoas. “As comunidades ribeirinhas são em sua maioria de baixa renda, e com o combustível derivado de combustível fóssil cada vez mais escasso, o custo tende a ficar elevado, trazendo dificuldade para a comunidade se transportar de um lugar para outro em seus barcos”, explicou a líder do projeto, Micilene Bastos.
A ideia surgiu em 2016 no município de Tucuruí. No total, 23 alunos dos cursos de engenharia elétrica, mecânica, civil, engenharia sanitária e ambiental e de computação da universidade trabalham no projeto.
Além dos moradores, o meio ambiente também agradece pela iniciativa dos estudantes. “É uma energia limpa e de baixo custo, pois uma vez instalado a vida útil do sistema é de 10 anos. O meio ambiente agradece, pois não tem nenhum tipo poluição ao meio ambiente com a tecnologia de energia fotovoltaica”, explicou Micilene.

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Estudantes vão levar barco para Santa CatarinaUma viagem de mais de 3 mil quilômetros de ônibus. É essa maratona que os estudantes vão enfrentar para apresentar o projeto desenvolvido no Pará no evento ‘Desafio Solar Brasil’, que acontece em Santa Catarina entre os dias 28 de janeiro e 2 de fevereiro.
O barco vai junto com a galera! Será puxado pelo ônibus em uma carrocinha. Todo esse improviso e as dificuldades acontecem pela falta de recursos que a equipe enfrenta, o que não deve impossibilitar de fazer o barco movido a energia solar ultrapassar as divisas do Pará.
Mas para conseguir participar do evento, os alunos precisam de apoio. Além de material para o projeto, os interessados em ajudar também podem fazer doações em dinheiro através de uma vaquinha online.
“Tivemos de juntar dinheiro para começar as pesquisas, projetar e comprar os primeiros equipamentos. Fizemos rifas, realizamos festas, pedimos ajuda, e juntamos cerca de R$ 10 mil, investidos na compra de painéis solares, construção do casco e compra dos principais equipamentos”, explica Micilene.

Desafio maior é popularizar o acesso ao barcoTodos os obstáculos vencidos até aqui pela equipe “Muiraquitã” ainda são menores do que o desafio de fazer o barco movido a energia solar se tornar uma realidade para os ribeirinhos de Tucuruí e do Pará. Porém, os estudantes já têm estratégias para democratizar esse acesso.
“Pretendemos expandir esse projeto para as comunidades ribeirinhas levando todo o sistema elétrico do barco para as comunidades, fazendo com que eles deixem de lado o barco movido à combustão. Nós iremos levar até os alunos das escolas de ensino fundamental e iremos auxiliá-los a construir protótipos movidos a energia solar e posteriormente faremos uma competição entre todas as escolas”, disse Micilene.
Fonte - Revista Amazônia  23/01/2020

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