Segundo o pesquisador Washington Tapia, diretor do projeto "Iniciativa para a Restauração das Tartarugas Gigantes", estes animais tinham desaparecido da ilha de Floreana e o projeto de resgate começou no ano 2000, quando a DPNG e a Universidade de Yale (EUA) coletaram amostras de sangue de tartarugas no entorno do vulcão Wolf, no norte da ilha de Isabela, e encontraram uma com genes de uma espécie da ilha de Pinta.
Da Agência EFE
Parque Nacional de Galápagos/EFE |
Segundo o pesquisador Washington Tapia, diretor do projeto "Iniciativa para a Restauração das Tartarugas Gigantes", estes animais tinham desaparecido da ilha de Floreana e o projeto de resgate começou no ano 2000, quando a DPNG e a Universidade de Yale (EUA) coletaram amostras de sangue de tartarugas no entorno do vulcão Wolf, no norte da ilha de Isabela, e encontraram uma com genes de uma espécie da ilha de Pinta.
Patrimônio natural
O arquipélago de Galápagos, que leva esse nome devido às grandes tartarugas que abriga, está situado a cerca de mil quilômetros da costa do Equador e foi declarado em 1978 como Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco. Suas reservas terrestres e marítimas contêm uma rica biodiversidade, considerada como um laboratório natural que permitiu ao cientista britânico Charles Darwin desenvolver sua teoria sobre a evolução e seleção natural das espécies.
Washington Tapia lembra que, nos séculos XVI e XVII, Galápagos foi refúgio de caçadores de baleias e de piratas, que consumiam carne de tartaruga para alimentação. Os registros demonstram que eles usavam a ilha de Isabela como último reduto de descanso antes de deixar Galápagos e que, quando queriam reduzir a carga, jogavam ao mar as tartarugas vivas que levavam nas embarcações. “Foi assim que tartarugas das ilhas de Floreana e Pinta chegaram à ilha Isabela”, disse.
Após essa descoberta, uma expedição em 2008 recolheu amostras de sangue de outras 1.700 tartarugas, e em 2012 foi descoberto que havia não uma, mas cerca de 80 tartarugas com ascendência genética da ilha de Floreana e algumas de Pinta. Várias delas agora são usadas para desenvolver um programa de reprodução e criação em cativeiro, não só para recuperar a espécie de tartaruga de Floerana, mas para contribuir com a restauração ecológica da ilha.
Integridade ecológica
"Em Galápagos não há grandes mamíferos. Os mega-herbívoros são as tartarugas e, por Floreana ter perdido suas tartarugas, há processos ecológicos e evolutivos que estão alterados", indicou o pesquisador, que agora espera que o retorno da espécie à ilha permita restaurar sua "integridade ecológica".
O programa de reprodução e criação, no qual foi investido cerca de US$ 1 milhão e que é desenvolvido no centro de criação "Fausto Llerena", na ilha de Santa Cruz, começou com 20 tartarugas divididas em quatro grupos reprodutores, com três fêmeas e dois machos em cada um.
Quando chegarem aos cinco anos de idade, os exemplares serão levados à ilha Floreana, onde hoje não há tartarugas.
Fonte - Agência Brasil 13/09/2017
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