sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Obra da Linha 4 do metrô do Rio está abandonada,manutenção do 'Tatuzão' chega a R$ 3 milhões por mês

Transportes sobre trilhos  🚇

As obras deveriam ter ficado prontas em julho de 2016, mas o prazo foi prorrogado para dezembro e depois para o primeiro semestre desse ano. O último prazo era janeiro de 2018, mas a obra parou, sem previsão para ser retomada, por uma decisão do Tribunal de Contas do Estado. O TCE suspendeu os pagamentos para o consórcio por indícios de superfaturamento e sobre preço. Segundo relatório do órgão, o rombo pode ser de R$ 2,3 bilhões.

 G1 - RF
foto - ilustração/arquivo
As obras da Linha 4 do Metrô do Rio, que estavam programadas para serem concluídas na Olimpíada de 2016, estão paradas e totalmente abandonadas. Somente 42% da estação está concluída e o Tatuzão, equipamento que perfura o solo e que está parado desde abril, tem um custo de manutenção mensal de quase R$ 3 milhões. Segundo a Secretaria de Transportes, esse gasto é do consórcio.
As obras deveriam ter ficado prontas em julho de 2016, mas o prazo foi prorrogado para dezembro e depois para o primeiro semestre desse ano. O último prazo era janeiro de 2018, mas a obra parou, sem previsão para ser retomada, por uma decisão do Tribunal de Contas do Estado. O TCE suspendeu os pagamentos para o consórcio por indícios de superfaturamento e sobre preço. Segundo relatório do órgão, o rombo pode ser de R$ 2,3 bilhões.
A obra da Linha 4, uma das mais importantes da Olimpíada, foi recheada de polêmica e desconfiança. O custo inicial previsto quase dobrou, foi de R$ 5 bilhões para R$ 9,7 bilhões. As empresas que formam o consórcio são todas citadas na Lava Jato: Odebrecht, Queiroz Galvão e Carioca Engenharia.
Em depoimento ao Ministério Público Federal, um executivo da Odebrecht disse que o ex-governador Sério Cabral recebeu R$ 50 milhões durante a obra. Ele nega.

Abandono total
Onde antes havia um campo de futebol usado pelos alunos da PUC, em 2012, foi instalado um canteiro de obras. Há um túnel de serviço do Consórcio da Linha 4. Atrás de um portão fechado com cadeado, está o começo do túnel que liga a Gávea até o Leblon. Não há operários trabalhando e muito material está abandonado.
No lugar que funcionava o vestiário dos operários, a luz está acesa, mas não tem ninguém. O ambiente tem dezenas de sanitários e chuveiros. Todo o conjunto dando um aspecto de prédio abandonado.
Na porta do prédio onde funcionava o refeitório dos operários, há um tapete personalizado. Ainda há um cartaz com todos os horários das refeições. Café, almoço, jantar e lanche. Tinha até o turno da madrugada. Há um elevador de carga, com limite de peso de 300 quilos. Todo um grande investimento em estrutura e equipamentos e que está parado.
Enquanto os processos correm no Tribunal de Contas Estado e na Justiça, a inauguração da Estação Gávea parece estar num futuro bem distante e sem prazo. Cerca de 19 mil pessoas podiam estar usando o metrô na Gávea, mas até agora, a obra é só despesa.
O túnel ligando a Gávea a São Conrado já está pronto. O que falta agora é o Tatuzão terminar de escavar pouco mais de um quilômetro do Leblon até a Gávea. E também concluir a estação, que ainda não chegou nem na metade, de acordo com a Secretaria Estadual de Transportes.
Fonte - Revista Ferroviária  25/08/2017

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