A economia, mesmo que alguns insistam em fantasiar com discursos grandiloquentes, vai de mal a pior. O fator mais emblemático foi o anúncio pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no dia 30 último, da taxa de desemprego, que hoje atinge cerca de 14 milhões de brasileiros e brasileiras (13,3%), a maior marca desde 2012. Regredimos. Desemprego em alta significa produção em baixa. Desemprego ascendente mostra a "desconstrução" da nossa economia. Aviso aos navegantes: não será a reforma trabalhista que mudará esse cenário.
Portogente
foto - ilustração/arquivo |
A economia, mesmo que alguns insistam em fantasiar com discursos grandiloquentes, vai de mal a pior. O fator mais emblemático foi o anúncio pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no dia 30 último, da taxa de desemprego, que hoje atinge cerca de 14 milhões de brasileiros e brasileiras (13,3%), a maior marca desde 2012. Regredimos. Desemprego em alta significa produção em baixa. Desemprego ascendente mostra a "desconstrução" da nossa economia. Aviso aos navegantes: não será a reforma trabalhista que mudará esse cenário.
O setor público também não passa incólume a essa nova tragédia tupiniquim. Também na sexta-feira última, o Banco Central informou um déficit primário de
R$ 30,7 bilhões, o resultado é o pior para o mês desde o início da série histórica, em 2001. Um retrocesso ainda pior.
Faz parte do "pacotinho", Henrique Meirelles cancelar o reajuste prometido pelo próprio governo do Bolsa Família. Importante lembrar que não estamos falando de malas com R$ 500 mil semanais por 30 anos, mas de um benefício mensal de apenas R$ 182,00.
Como ouvimos, acertadamente, de uma liderança profissional: "Nenhum brasileiro vê a atual crise de binóculos." Se o que o governo atual, guindado a tal em processo nebuloso, quer criar um Brasil para o capital estrangeiro e o rentismo, o caminho está correto. E o efeito colateral dessa opção é termos um país de miseráveis, fora da curva do desenvolvimento sustentável; longe do QI cultural e intelectual dos países de primeiro mundo, como os da Europa; um país que reedita, de forma mais trágica, a economia primária das commodities, ficando longe da economia de alto valor agregado, com ciência, tecnologia e muita pesquisa. Agora sim seremos uma "república das bananas".
Todavia, os nossos internautas não se enganem: os patrocinadores dessa "involução" estarão bem, obrigado. Porque sempre existirá uma "mala monetária" disposta a segurar uma mão política.
O Brasil precisa ser salvo dessa tragédia humana.
Fonte - Portogente 03/07/2017
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