Isso representa uma perda de R$ 20 mil por dia para a empresa ligada ao governo Geraldo Alckmin (PSDB) nos primeiros dez meses deste ano.O total representa 0,4% da arrecadação com venda de bilhetes. O montante, porém, poderia ser usado para obras pontuais e substituição de equipamentos –no ano passado, por exemplo, a empresa recebeu um aporte de R$ 260 milhões do governo do Estado para quitar as contas.
Folha de São Paulo - RF
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Isso representa uma perda de R$ 20 mil por dia para a empresa ligada ao governo Geraldo Alckmin (PSDB) nos primeiros dez meses deste ano.
O total representa 0,4% da arrecadação com venda de bilhetes. O montante, porém, poderia ser usado para obras pontuais e substituição de equipamentos –no ano passado, por exemplo, a empresa recebeu um aporte de R$ 260 milhões do governo do Estado para quitar as contas.
De acordo com o diretor-financeiro do Metrô, José Carlos Nascimento, a companhia precisa ter mensalmente R$ 1,2 milhão em moedas para troco nas bilheterias. O Banco Central, principal fonte delas, forneceu apenas R$ 250 mil em peças de metal no último mês, R$ 1 milhão a menos do que o necessário.
PROMOÇÕES
A passagem custa R$ 3,80, mas quase todos os dias passageiros são surpreendidos com promoções relâmpagos em algumas bilheterias. Conforme as moedas faltantes, a tarifa cai para R$ 3,75, R$ 3,50 ou até R$ 3 –com limite de um bilhete por usuário.
Para reduzir esse rombo milionário, o metrô atua em uma série de frentes para arrecadar mais moedas.
Uma delas é a instalação de máquinas que aceitam moedas para a recarga do Bilhete Único. Há três delas em fase de testes na estação São Bento, na região central, e a ideia é ao menos uma em cada estação.
A empresa também tem feito parcerias com setores que acumulam moedas, como o varejo. Uma das últimas cooperações foi com concessionárias de rodovias, que costumam receber moedas nos pedágios.
O Metrô tem procurado até igrejas para trocar por cédulas as moedas doadas em missas. "É um trabalho de formiguinha, ir em todos os pontos arrecadando moedas", diz o diretor financeiro do Metrô.
'CATA-MOEDAS'
Além disso, máquinas "cata-moedas" estão espalhadas por oito estações. Até o fim de outubro, elas arrecadaram 469,5 mil moedas, mas que somavam só R$ 124 mil.
O vendedor de balas Maer Pinheiro, 25, trocava, na última terça (1º), as moedas que lucrou na manhã de trabalho. Inseriu as pratinhas, a máquina contou e emitiu um comprovante: R$ 25,75. Com o papel, ele pode retirar o valor em cédulas na bilheteria.
"Venho aqui quase todo dia. No começo eu desconfiava, achava que a máquina estava me roubando, mas um dia eu contei certinho e a máquina acertou", diz o vendedor de balas à reportagem.
Fonte - Revista Ferroviária 03/11/2016
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