Sustentabilidade
Organizações Não-governamentais (ONGs),lideranças indígenas, políticos e ONGs além de outras entidades estão acompanhando o evento em Paris, na França
Revista Amazônia
Cacique Raoni e o presidente da França, François Hollande |
O governador do Amazonas, José Melo, embarca nesta quinta-feira (3) para a Europa. Na bagagem, leva a expectativa de acordos sobre serviços ambientais com a Alemanha e a Noruega. “O mundo tem consciência da importância das florestas para o equilíbrio ecológico mundial, e nós temos uma parte dessas florestas com 97% preservada”, avaliou ao confirmar sua ida a conferência. Melo vai em busca de acordos para a geração de créditos de carbono e financiamento para projetos de piscicultura.
O gerente do Programa de Mudanças Climáticas do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam), Pedro Soares, já está em Paris. Ele diz que uma das expectativas sobre o evento é sobre eu tipo de acordos que serão fechados entre os Países. “Existe uma boa expectativa que saia um acordo global para o clima ao término da COP 21”, revela. “A dúvida é que tipo de acordo nós vamos ter”, completa.
O advogado do Instituto Socioambiental (ISA), Maurício Guetta, está na capital da França acompanhado de lideranças indígenas do Rio Negro, no Amazonas, e do Parque Indígena do Xingu, entre Mato Grosso e Pará. O Instituto está realizando a cobertura do evento nas redes sociais com a hashtag #ISAnaCOP21. O cacique Raoni Metuktire, do povo Kayapó, também está na cidade.
De acordo com informações do ISA, nesta quarta-feira (2), Raoni teve um encontro com o presidente da França, François Hollande. Ele denunciou a elaboração de uma medida provisória que quer viabilizar a construção de hidrelétricas em Terras Indígenas. A medida, que já está em fase de consulta, visa desamarrar o projeto de construção do Complexo Hidrelétrico do Tapajós, no Pará, que impacta territórios do povo Munduruku e de populações ribeirinhas. Raoni também entregou a Hollande o documento elaborado pela Aliança dos Guardiões da Mãe Natureza. O grupo é composto por várias lideranças indígenas brasileiras.
Outra voz indígena brasileira contra a construção de hidrelétricas na COP-21 é Maria Leusa Munduruku. “Estamos aqui para mostrar que somos os defensores, os guardiães de nossa terra, que o governo engana nosso povo, viola nosso direito com sete barragens previstas para o Tapajós”, disse. “A barragem vai acabar com nossas terras. O governo não quer mais demarcar Terras Indígenas. Viemos aqui mostrar o que estamos sofrendo”.
De 30 de novembro a 11 de dezembro de 2015 os olhos do Mundo estão voltados para a 21ª Conferência das Partes (COP-21). O evento busca alcançar um acordo internacional sobre o clima, aplicável a todos os Países, com o objetivo de manter o aquecimento global abaixo dos 2°C. Cento e noventa e seis Estados constituem as “Partes” para a Convenção.
O evento é uma convenção universal de princípios que deve reconhecer, por unanimidade, a existência de mudanças climáticas causadas pelo homem. A COP estabelece metas de combate às mudanças climáticas e dá aos países industrializados a maior parte da responsabilidade para combatê-la. A COP realizada em Paris será a vigésima primeira edição da reunião.
Fonte - Revista Amazônia 04/12/2015
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