quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Metrô para o leste - Fortaleza

Metrô

Diário do Nordeste
foto - ilustração
O transporte público de massa prevalece como solução técnica nas maiores concentrações urbanas do mundo. Os metrôs dominam esse mercado, em decorrência do maior número de passageiros transportados por composição, do preço relativamente baixo da tarifa e das facilidades de fluxos quando suas linhas são totalmente subterrâneas.
O Estado assinou o contrato das obras civis da Linha Leste do Metrô de Fortaleza, planejado, em seu traçado inicial, para percorrer 12,4 quilômetros de extensão, entre o Centro da Capital e o Fórum Clóvis Bevilaqua, no bairro Edson Queiroz. A obra será conduzida por consórcio de empresas da construção civil, vencedor da concorrência pública.
Obras desse porte sofrem dilatações em seus prazos, tanto em razão de dificuldades burocráticas, por conta de desapropriações dos espaços privados para localizar as estações de embarque e desembarque. Depois, pela própria natureza da obra enterrada, embora facilitada pelas condições peculiares dos solos previamente estudados.
Ainda assim, a Linha Leste está inicialmente orçada em R$ 2,25 bilhões, numa operação de investimentos em que a União participa com R$ 1 bilhão; o Estado, com R$ 1 bilhão, mediante empréstimo externo; e o restante, com recursos oriundos do Tesouro Estadual. Para abrir os caminhos dos trilhos do metrô Leste, o Ceará recebeu duas da encomenda de quatro tuneladoras fabricadas em Xangai, na China.
Esse equipamento permite avançar a perfuração, facilitando o acabamento do túnel cavado. Xangai é centro avançado de produção de recursos técnicos para a construção civil de grande porte, a exemplo de seu trem metropolitano. As duas outras tuneladoras, em processo de montagem, estão no prazo contratado para o fornecimento.
O projeto, por contemplar as regiões leste e sul de Fortaleza, onde se registram os maiores índices de crescimento, deveria ter projetado, pelo menos, sua extensão até as tapioqueiras, em Messejana. Lá se concentra contingente expressivo de trabalhadores, clientela preferencial do trem metropolitano.
O Ceará levou 15 anos para montar o seu primeiro metrô, em Fortaleza, ligando a Praça Castro Carreira, no Centro da cidade, ao terminal da Vila das Flores, em Pacatuba, na Região Metropolitana. Há dez meses, as composições estão perfazendo o percurso de 25 quilômetros, sem custo para os usuários. Poderá chegar em janeiro sem cobrar a passagem.
O investimento realizado na primeira linha de metrô na Capital foi de R$ 1,5 bilhão, sendo R$ 1,2 bilhão proveniente do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, e os R$ 300 milhões restantes do Estado. Nesse empreendimento foi utilizada a maior parte do percurso ferroviário, explorado pela antiga Rede Ferroviária Federal.
O Estado incorporou ao novo sistema de transporte, além do antigo caminho de ferro, as dependências da Central da Reffsa, na Praça Castro Carreira. O metrô para ser viabilizado contou com maciços investimentos do governo federal, depois de marchas e contramarchas determinadas pela carência de recursos.
Quando faz rodar seus novos trens da Linha Sul, a administração da Companhia do Metropolitano ainda não teve tempo para executar o trabalho para a restauração da cobertura vegetal existente na Avenida Tristão Gonçalves, destruída quando do início das obras. A promessa formal era do replantio dos oitizeiros plantados, na década de 30, mas não cumprida. Ainda há tempo.
Fonte - Revista Ferroviária  17/10/2013

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