Transportes sobre trilhos 🚄
Desde abril de 2020, com o agravamento do afundamento do solo no Pinheiro, Mutange e Bebedouro, em consequência da exploração de minérios pela Braskem, a região foi interditada e a CBTU obrigada a interromper o percurso. A única opção dada pela Braskem para que não fosse cancelado o transporte ferroviário foi a baldeação com a ajuda de um ônibus custeado e cedido pela mineradora.
CBTU
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foto - ilustração/arquivo |
Trabalhadores da rede hoteleira de Maceió os quais residem na região de Rio Largo também estão amargando prejuízos com as mudanças causadas pela interrupção do trajeto dos trens urbanos que saiam daquele município até o Centro de Maceió. Desde abril de 2020, com o agravamento do afundamento do solo no Pinheiro, Mutange e Bebedouro, em consequência da exploração de minérios pela Braskem, a região foi interditada e a CBTU obrigada a interromper o percurso. A única opção dada pela Braskem para que não fosse cancelado o transporte ferroviário foi a baldeação com a ajuda de um ônibus custeado e cedido pela mineradora. Com essa baldeação, o percurso aumentou em 50 minutos. Este assunto foi tema de uma reunião, na sede da CBTU, nesta quarta-feira, 10, entre o superintendente de Trens Urbanos de Maceió, Carlos Jorge, o secretário municipal de planejamento, Thyago Melo, e o superintendente da SMTT, Washington Miranda, do município de Rio Largo. Durante o encontro, foram discutidas estratégias que busquem uma alternativa definitiva e conjunta entre os municípios e a CBTU que atenda à população da região de Rio Largo e Satuba, prejudicada com o desastre ambiental de responsabilidade da Braskem, a qual precisa arcar com uma solução que devolva a mobilidade urbana com conforto, segurança e estabilidade. Para se ter uma ideia do impacto, para trabalhadores da rede hoteleira que moram em Rio Largo e usavam os trens para chegar ao Centro de Maceió, antes dessa mudança no trajeto do VLT, os empresários do setor compravam o ticket do transporte à CBTU. Com a interrupção, a Companhia de Trens não registrou nenhuma aquisição desde abril de 2020. “Esses trabalhadores, muitos perderam o emprego, outros desistiram de usar o VLT pelo aumento do tempo de percurso, e uma parte deve estar amargando o custo de 11 reais pagos para o transporte em ônibus coletivo, enquanto no VLT custa apenas 4 reais ida e volta, com mais conforto, segurança e pontualidade”, comenta o secretário Thyago Melo. Segundo o superintendente de Trens Urbanos, a CBTU está arcando com um prejuízo gigantesco na sua operação. “Tivemos uma redução de 70% na quantidade de usuários ao dia. Esse problema, relatado pelos representantes do município de Rio Largo, é uma das consequências desse desastre ambiental que está trazendo prejuízos incalculáveis à mobilidade urbana de Maceió e à qualidade de vida da maioria dos moradores da região metropolitana, afetada de diversas formas pelo afundamento do solo numa área muito importante para os usuários dos trens, a maioria formada por trabalhadores de baixa renda”, explica Carlos Jorge.
Com informações da CBTU 10/02/2021
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