segunda-feira, 18 de novembro de 2019

SuperVia retira 40 trens chineses de operação

Transportes sobre trilhos   🚄


Segundo a concessionária, desde setembro de 2016 vêm sendo detectados problemas de projetos, em especial na caixa de tração dos trens.Com isso, a chinesa CRRC iniciou o processo de análise técnica, identificando a necessidade de substituição do tipo de peça. Desde novembro de 2018, então, um recall foi feito pela fabricante até que em junho de 2019, em vistorias, novas falhas foram identificadas e a CRRC, então, suspendeu o retrabalho malsucedido até que encontre uma nova medida para solução.

Revista Ferroviária
divulgação/Revista Ferroviária
Quarenta trens chineses foram retirados de operação na SuperVia a partir dessa segunda-feira (dia 18), atendendo a uma recomendação da própria fabricante das composições, a CRRC. Segundo a concessionária, desde setembro de 2016 vêm sendo detectados problemas de projetos, em especial na caixa de tração dos trens.
Com isso, a chinesa CRRC iniciou o processo de análise técnica, identificando a necessidade de substituição do tipo de peça. Desde novembro de 2018, então, um recall foi feito pela fabricante até que em junho de 2019, em vistorias, novas falhas foram identificadas e a CRRC, então, suspendeu o retrabalho malsucedido até que encontre uma nova medida para solução. Por estar ainda em período de garantia, a manutenção das referidas caixas de tração é responsabilidade do Consórcio CRRC, de acordo com contrato firmado entre os chineses e o Estado, diz em nota a SuperVia.
Os trens fazem parte do segundo lote de entregas do consórcio chinês à SuperVia, que aconteceram entre 2014 e 2016. Ao todo, a frota da concessionária conta com 100 trens chineses (o primeiro lote foi entregue em 2012 também pelo consórcio), com quatro carros cada. A frota total da SuperVia é de 207 TUEs e 828 carros, segundo o último levantamento feito pela Revista Ferroviária e publicado na edição Setembro-Outubro deste ano (Clique Aqui ).
Procurada, a CRRC ainda não deu retorno. A entrega dos trens à SuperVia foi feita pela China Northern Locomotive & Rolling Stock Industry Corporation (CNR). Em 2015, a CNR e a China South Locomotive and Rolling Stock Industry se fundiram, levando à criação da CRRC (China Railway Rolling Stock Corporation). Além da SuperVia, a CNR foi a responsável pela entrega de 34 novos trens para o MetrôRio, incluindo 15 para a Linha 4 em 2012/2013.

Veja as notas da SuperVia na íntegra:Lamentamos informar que, para garantir a sua segurança e atendendo à recomendação da fabricante CRRC (consórcio chinês), 40 trens chineses serão retirados de circulação a partir de amanhã (18/11). Com isso, mediante a indisponibilidade parcial da frota, precisaremos ajustar nossa operação, buscando a continuidade da prestação do serviço com segurança e o mínimo de impactos possível. Veja o que muda:
- Aumento dos intervalos nos ramais Santa Cruz e Japeri - Aumento dos intervalos no trecho entre Gramacho e Saracuruna - Algumas viagens do ramal Deodoro serão realizadas em trens de quatro carros

Os trens chineses (2º lote), fabricados pelo Consórcio CRRC, foram comprados pelo Estado do Rio de Janeiro e entregues para operação entre 2014 e 2016.
Em setembro de 2016, foram detectados problemas de projetos, em especial na caixa de tração (engrenagem que transmite energia do motor para eixo e rodas) e os responsáveis comunicados. Com isso, a chinesa CRRC iniciou o processo de análise técnica, identificando a necessidade de substituição do tipo de peça. Desde novembro de 2018, então, um recall foi feito pela fabricante até que em junho de 2019, em vistorias, novas falhas foram identificadas e a CRRC, então, suspendeu o retrabalho malsucedido até que encontre uma nova medida para solução.
Por estar ainda em período de garantia, a manutenção das referidas caixas de tração é responsabilidade do Consórcio CRRC, de acordo com contrato firmado entre os chineses e o Estado.
Além de acionar o plano de contingência junto ao Centro de Operações da Prefeitura do Rio (COR) e Concessionárias de transporte, a SuperVia está reforçando o efetivo de apoio nas estações e ramais impactados, assim como nos canais de atendimento aos passageiros.

Informações SuperVia - balanço da operação da manhã desta segunda-feira (18/11)
A SuperVia informa que o plano de contingência estabelecido nessa segunda-feira (18/11) para diminuir o impacto da retirada de 40 trens chineses (fabricados pelo consórcio CRRC) na operação conseguiu minimizar os efeitos sobre os passageiros. A concessionária antecipou para 5h o início do pico de operação, que ocorre normalmente próximo às 6h, possibilitando a diluição do fluxo de passageiros no começo da manhã. Além disso, disponibilizou o máximo possível de composições no sentido do fluxo (da Baixada Fluminense, Zona Oeste e Zona Norte para a Central do Brasil).
Não houve registro de superlotação ou de outras intercorrências relacionadas à redução da frota no sistema. Desde o início da operação até às 9h de hoje, a concessionária registrou a queda de 13.492 passageiros (6,4%) em relação a uma segunda-feira comum. A SuperVia lamenta os transtornos e reforça que está mobilizada para adequar a operação da melhor forma, buscando impactar o mínimo possível a rotina dos passageiros. A empresa espera uma solução rápida pela CRRC, fornecedora chinês, que permita que o serviço seja normalizado brevemente.
Desde ontem, a concessionária mantém avisos em suas redes sociais, no site, nas plataformas e junto à imprensa para comunicar a ampliação dos intervalos nos ramais Japeri e Santa Cruz, no trecho Gramacho/Saracuruna e na alteração de trens de oito para quatro carros no ramal Deodoro. Em 12h, o comunicado feito pela SuperVia no Facebook alcançou mais de 1 milhão de pessoas. Ao longo da manhã o sistema de áudio dos trens e das estações também informou sobre a situação e equipes de Posso Ajudar foram distribuídas pelas estações dos ramais impactados.

Entenda o caso:
A SuperVia enviou comunicados frequentes sobre o fato aos fabricantes desde 2016. Como medida paliativa, as empresas fornecedoras promoveram um recall da peça, mas a solução apresentada não alcançou o resultado esperado e não resolveu o problema. As caixas de tração ainda estão na garantia. A concessionária sempre disponibilizou uma equipe adicional para apoiar os trabalhos de manutenção pela CRRC, fornecedora chinesa das composições. A SuperVia e o poder concedente (Governo do Estado) estão atuando de forma contundente junto aos fornecedores para que o serviço retorne à normalidade o mais rápido possível.
Fonte - Revista Ferroviária  18/11/2018

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