O Governo do Estado pretende lançar edital para licitação do trecho em março.Quinze dias antes da publicação do edital, é preciso audiência pública para colher sugestões e prestar esclarecimentos. Isso nos remete ao dia 26 ou 27 de março (publicação do edital)
O Povo
foto - ilustração/arquivo |
“Quinze dias antes da publicação do edital, é preciso audiência pública para colher sugestões e prestar esclarecimentos. Isso nos remete ao dia 26 ou 27 de março (publicação do edital). O prazo de uma licitação desse porte é de 45 dias”, afirma. “Depois tem recursos. Se tudo correr bem, até junho (início das obras)”, diz.
Serão três licitações. A primeira trata das obras e sistemas, tais como sinalização, telecomunicações e monitoramento. A segunda da compra do material rodante (trens e vagões). A terceira define empresa que gerencia as obras – não fica a cargo da Seinfra.
Para as obras estruturais, a ordem do recurso é de R$ 1,65 bilhão. Os outros R$ 200 milhões são relativos às licitações de material rodante e gerenciamento. A expectativa é de obra em quatro anos.
Com relação às tuneladoras, Lúcio Gomes explica que dois dos quatro equipamentos serão utilizados na primeira fase do projeto. “Cada máquina tem vida útil de 10.500 horas. Devemos trabalhar 15 metros por dia, rodando 20 horas em sete dias na semana. Vamos utilizar duas máquinas na fase um. As outras duas ficarão reservadas, protegidas e recertificadas com garantia estendida de 18 meses. O valor do contrato é de US$ 8,76 milhões com a norte-americana Robbins Company e sem custos mensais para o Estado.
O titular da Seinfra também destacou que a cearense Marquise, empresa que compunha o aditivo da construção com a espanhola Acciona, não está impedida de participar do certame. Na nova dinâmica do edital, até cinco empresas podem participar na formação de um consórcio. Vale lembrar que no dia 23 de fevereiro passado, o Estado publicou rescisão do antigo contrato com o Consórcio Metrô Linha Leste Fortaleza, formado pela cearense e a espanhola.
Em nota, a Marquise informa ainda não saber se vai concorrer à nova licitação ou se entrará na Justiça. Mas, conforme O POVO apurou, há clara insatisfação do consórcio em relação à relicitação e ao uso de apenas duas das quatro tuneladoras. A percepção é a de que o Governo está desmembrando o projeto anterior e não há nada de novo e que, portanto, as empresas poderiam continuar.
No nova definição, são adiadas obras da Catedral da Sé, Praça Luíza Távora e Leonardo Mota. Ficam Tirol, Chico da Silva, Colégio Militar, Nunes Valente e Papicu. A Tirol, no Centro, receberá pátio para estacionamento e manutenção dos trens e vagões. A segunda fase seguirá o percurso do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) até o Edson Queiroz (Fórum).
Insatisfação
O POVO apurou que as empresas Acciona e Marquise, que tiveram o contrato rescindindo em fevereiro, estão insatisfeitas com nova licitação
Entenda detalhes do projeto
Fase 1
Terá extensão de 7,3 km e engloba quatro estações subterrâneas e uma de superfície, sendo dois de túneis paralelos (Chico da Silva e Papicu) e dois túneis sobrepostos (Colégio Militar e Nunes Valente). O prazo de conclusão é de quatro anos.
Fase 2
Entrarão as estações da Catedral da Sé, Praça Luíza Távora e Leonardo Mota. Serão licitados os trechos do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) até a estação Edson Queiroz.
Recursos
Antes orçada em R$ 2,3 bilhões, a obra da Linha Leste teve seu valor reduzido para R$ 1,85 bilhão. R$ 1 bilhão corresponde ao recurso do BNDES e outros R$ 673 milhões serão do Tesouro Nacional. O Governo do Estado entrará com R$ 186 milhões.
SHAFAT (vâo interno)
O Estado deve licitar março o shaft após a estação Chico da Silva, mas fora do projeto das três licitações previstas. O valor aproximado é de US$ 7,5 milhões. Ele é essencial para o trabalho das tuneladoras.
De acordo com secretário Lúcio Gomes, 42 profissionais trabalham na montagem e manutenção dos equipamentos, entre eles espanhóis, colombianos, iranianos, austríacos, norte-americanos e ingleses.
Chinesa CRRC participa de audiência Pública
A empresa chinesa CRRC também participou da audiência pública, ontem, na Seinfra. Segundo Fernando Gao, representante da empresa no País, a licitação é uma oportunidade de a empresa entrar no mercado do Nordeste. O interesse da companhia, no entanto, é a licitação no material rodante. Com sede em Pequim, a CRRC realiza design, fabricação, teste, comissionamento e manutenção de locomotivas e material circulante, incluindo: locomotivas elétricas, locomotivas diesel-elétricas e diesel-hidráulicas de 280 kW a 10.000 kW. Atualmente emprega 180 mil trabalhadores.
Fonte - Revista Ferroviária 03/03/2018
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