A Federação Única dos Petroleiros (FUP) deu início nesta sexta-feira a paralisações em todo o país.Ao mesmo tempo, a Petrobras entrou na Justiça com um pedido de conciliação para prosseguir nas negociações salariais com os sindicatos. Os sindicatos rejeitaram a proposta de reajuste salarial da empresa.
Revista Amazônia
foto - ilustração/arquivo |
Na manhã desta sexta-feira, a Petrobras publicou, em sua intranet, texto em que comunica que protocolou pedido de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST) “diante da dificuldade nas negociações”.
Segundo a empresa, foram realizadas quatro reuniões e apresentadas quatro propostas junto aos sindicatos, “todas com avanços que buscaram atender às demandas apresentadas pelos sindicatos dentro das limitações financeiras da Petrobras”. Como não conseguiu chegar a um acordo e recebeu o indicativo de greve, a empresa optou pelo pedido de conciliação na Justiça.
Petrobras: Proposta justa
Em seu comunicado, a Petrobras esclarece que a medida “não pode ser confundida com um pedido de dissídio coletivo junto ao TST” e defende que sua proposta de reajuste salarial é justa diante das atuais restrições financeiras da companhia.
“A decisão da empresa foi tomada após avaliação de que o momento exige uma nova instância de negociação. A Petrobras entende que fez uma proposta justa, considerando a situação financeira da empresa, e que a conclusão desse processo, que já dura mais de três meses, é necessária e benéfica para todas as partes”, diz o texto.
Negociação de jornada fora do acordo
Na assembleia do Sindicato do Norte Fluminense, os trabalhadores condenam a inclusão na negociação salarial do debate sobre a redução da jornada de trabalho. Segundo ele, o tema deve ser negociado na Comissão de Regime de Trabalho.
“A proposta foi rejeitada porque a Petrobras insiste pautar a redução de jornada com redução de salário, mas que para a FUP deve ser tratada na Comissão de Regime de Trabalho, assim como a redução do número de horas extras realizado na companhia”, aponta documento da FUP em seu site.
Fonte - Revista Amazônia 23/12/2016
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