O programa de venda de ativos da Petrobras, proposto no Plano de Negócios da empresa de 2017 a 2021, preocupa não só petroleiros,como também especialistas no setor. E não só devido à redução de valores,mas pela saída de áreas estratégicas.
Da Redação
foto - ilustração/arquivo |
Lima diz que a Petrobras não pode estar se concentrando apenas na exploração e produção,porque,se ela deixa esse conceito de verticalização,passa a ser apenas uma média ou pequena empresa de petróleo.Ele observa que,com relação ao projeto de lei 4.567,houve muitas incompreensões.Segundo o especialista,não foi aprovado o projeto apresentado pelo José Serra (então deputado federal pelo PSDB de São Paulo), o 12.351/10 que previa que a Petrobras deixaria de ser operadora única do pré-sal e não teria participação no pré-sal.
O ex-diretor da ANP lembra que,na ocasião,o Senado promoveu diversos debates sobre o assunto. Em um deles,Lima convidado."Colocamos a Petrobras como operadora única no contexto em que o petróleo estava valorizado e o caixa da empresa bastante fortalecido.Num contexto em que o petróleo está desvalorizado e a Petrobras altamente endividada,não havia por que insistir que ela continuasse como operadora única,o que faria com que a exploração do pré-sal ficasse muito demorada,o que já está acontecendo.Descobrimos o pré-sal há dez anos e desde então só tivemos um leilão para a área, mas não é o caso de deixar a Petrobras completamente à margem do pré-sal." Lima diz que não dar nenhuma regalia à Petrobras,que descobriu o pré-sal,seria algo inusitado.Por isso foi defendido que ela passasse a ser operadora preferencial,escolhendo o bloco em que ela quisesse operar."Essa concepção mudou completamente o projeto inicial do Serra."
Fonte - Sputnik 07/10/2016
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