Para a partida da máquina, os engenheiros do Consórcio Linha 4 Sul (CL4S), responsável pelas obras neste trecho, utilizaram outra metodologia inédita na engenharia brasileira: um anel metálico com sistema de vedação interno foi acoplado à parede da estação, para equilibrar a pressão exercida pelo terreno e evitar que água e areia entrassem na estação quando o equipamento iniciasse a escavação.
Jornal do Brasil
foto - ilustração |
O anel tem 37 toneladas e 12,3 metros de diâmetro. Produzido na Alemanha sob medida para esta operação, o anel foi montado em oito dias e, em seguida, instalado no local de partida do ‘Tatuzão’. Nesse período, o TBM passava por manutenção programada, enquanto era arrastado pela estação.
O rompimento da parede ocorreu, então, da seguinte forma: o ‘Tatuzão’ se encaixou no anel de vedação e iniciou a escavação. Quando sua cabeça de corte estava totalmente dentro do solo, sob o leito da Av. Ataulfo de Paiva, o anel foi preenchido com grouting (calda de cimento), o que permitiu a vedação total da estação e o avanço da tuneladora. Após a saída completa do ‘Tatuzão’ da estação, a estrutura será desmontada e retirada.
“O início da escavação do trecho entre as estações Jardim de Alah e Antero de Quental é um marco importante do avanço das obras da Linha 4 do Metrô e sinalizam a manutenção do cronograma com a chegado do ‘Tatuzão’ à estação Antero de Quental, prevista para a segunda quinzena de outubro”,afirmou o secretário de Estado de Transportes, Carlos Roberto Osorio.
Na chegada do ‘Tatuzão’ à Estação Jardim de Alah, parte da estação foi preenchida com água para receber a tuneladora, que vinha escavando por baixo do canal do Jardim de Alah. A técnica breakthrough submerso, adotada pela primeira vez no Brasil, foi utilizada para equilibrar a pressão do terreno e permitir que o ‘Tatuzão’ continuasse operando em ambiente similar ao que estava sob o canal.
A Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro vai transportar, a partir de 2016, mais de 300 mil pessoas por dia, retirando das ruas cerca de 2 mil veículos por hora/pico. Serão seis estações (Nossa Senhora da Paz, Jardim de Alah, Antero de Quental, Gávea, São Conrado e Jardim Oceânico) com aproximadamente 16 quilômetros de extensão. A ligação metroviária entre Ipanema e Barra da Tijuca estará à disposição dos passageiros em junho de 2016, com o início da operação assistida, fora do horário de pico e com intervalos maiores no fluxo dos trens, para que os últimos ajustes operacionais sejam feitos. A operação comercial nos mesmos horários das demais linhas do metrô será iniciada em julho de 2016. A partir do ano que vem, será possível ir da Barra a Ipanema em 13 minutos e, da Barra ao Centro, em 34 minutos.
Fonte - Jornal do Brasil 14/09/2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pela sua visita, ajude-nos na divulgação desse Blog
Cidadania não é só um estado de direito é também um estado de espírito